O governo federal apresentou nesta quarta-feira (12) os investimentos que estão sendo feitos para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais, como lançadores de foguetes, radares e satélites. Os recursos somam R$ 112,9 bilhões, sendo R$ 79,8 bilhões de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões do setor privado.
Os projetos estão ligados à Missão 6 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que completou um ano em janeiro e foi celebrado hoje em evento no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que coordena o NIB, destacou a ampliação da exportação e crescimento da indústria em 2024. “Nós crescemos o ano passado, a indústria em geral 3,1%, a indústria de transformação, 3,7%, o dobro da média mundial. O dobro da média do mundo foi o crescimento da indústria brasileira o ano passado. Exportações da indústria de transformação somaram US$ 189 bilhões, que também foi recorde. E recorde também na criação de emprego e de renda para nossa população”, comemorou.
Só na área de defesa, segundo Alckmin, estratégica para a indústria nacional, o Brasil exportou, em 2024, US$ 1,8 bilhão, aumento de 22% em relação a 2023. No ano anterior, as exportações haviam somado US$ 1,5 bilhão, um crescimento expressivo de 123% em comparação a 2022.
A NIB é uma política industrial com seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, transição ecológica e modernização do parque industrial. O programa foca nos setores da agroindústria, saúde, infraestrutura urbana, tecnologia da informação, bioeconomia e defesa e visa impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033 com instrumentos como subsídios, empréstimos com juros reduzidos e ampliação de investimentos.
No total, a indústria brasileira já conta com R$ 3,4 trilhões em investimentos públicos e privados anunciados. O investimento público é de R$ 1,2 trilhão, incluindo recursos do Plano Mais Produção (P+P), braço de financiamento da NIB, e de programas relacionados, como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano de Transformação Ecológica. Já o setor produtivo anunciou R$ 2,2 trilhões em investimentos da produção nacional nos próximos anos.
Foto: Ricardo Stuckert/PR