O lucro líquido recorrente do Bradesco (BBDC4) no 4º trimestre de 2024 cresceu 87,7% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 5,402 bilhões, comparado aos R$ 2,878 bilhões no mesmo período de 2023. Em 2024, o banco lucrou R$ 19 bilhões, sendo uma alta de 20%. “Entregamos lucro líquido de aproximadamente R$ 2 bilhões acima do que estava implícito no centro do nosso guidance porque aproveitamos oportunidades para crescer significativamente em linhas de alta margem líquida”, destacou o CEO, Marcelo Noronha.
A margem com clientes cresceu 4,7% em um ano, totalizando R$ 16,153 bilhões, enquanto a margem financeira total apresentou um aumento de 5,4% na comparação anual, alcançando R$ 16,995 bilhões, e um crescimento de 6,2% no trimestre. O ROAE do banco ficou em 12,7% no período. O Bradesco encerrou o 4º tri de 2024 com um crescimento de 5,4% em sua receita em relação ao trimestre anterior e de 7,9% na comparação anual, já desconsiderando o aumento de participação na Cielo. Esse resultado foi impulsionado pelo forte desempenho da margem financeira total, das receitas com serviços e das receitas com seguros. As despesas operacionais, por sua vez, apresentaram um aumento de 8,8% no trimestre e de 7,5% na comparação ano a ano, também desconsiderando o impacto da Cielo, ficando em linha com as estimativas previamente divulgadas.
No período, a carteira de crédito atingiu R$ 981,7 bilhões, um crescimento de 11,9% em relação ao ano anterior e de 4,0% em comparação com o trimestre anterior. O resultado, segundo a empresa, foi influenciado pelas operações de baixo risco e boa margem líquida. A inadimplência, considerando atrasos superiores a 90 dias, apresentou uma queda de 0,2 ponto percentual no trimestre e de 1,1 ponto percentual em um ano, com redução em todos os segmentos, especialmente em MPME. O índice de cobertura ficou estável no trimestre. A provisão para devedores duvidosos totalizou R$ 7,460 bilhões no 4T24, uma diminuição de 29,1% na comparação ano a ano.
Além disso, para 2025, o Bradesco projeta um crescimento da carteira de crédito expandida entre 4% e 8%. A margem financeira líquida, que representa a diferença entre a margem financeira total e a provisão para devedores duvidosos, deverá variar entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões. O banco também divulgou suas projeções para 2025, com expectativas de crescimento em diferentes áreas de negócio. As receitas de prestação de serviços devem crescer entre 4% e 8%, impulsionadas pela demanda por serviços bancários. As despesas operacionais, que englobam diversas categorias de gastos, devem apresentar um aumento entre 5% e 9%. Já o resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, deve crescer entre 6% e 10%.
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