A reforma tributária que teve sua primeira parte sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2025, promete impactar diretamente setores como micro empresas, turismo e serviços. Com previsão de implementação total em 2033, a mudança já mobiliza empresários que estão de olho em adaptações durante o chamado “período de transição”, que compreende os meses de janeiro a dezembro de 2026.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Felipe Tavares, Gerente economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), afirmou que a reforma mantida do jeito que está irá atingir fortemente alguns segmentos da economia, deixando o Brasil, sem nível de competitividade, com outros países, prejudicando o desenvolvimento econômico do país.
“Uma alíquota de 28%, deixa o país com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Hoje temos alguns segmentos, como o comércio, a indústria e os serviços, que sofrem para crescer pagando entre 12 e 15% de impostos imagine pagando 28%. Essa reforma era necessária, conseguimos desburocratizar bastante, porém o aumento da alíquota vai inviabilizar o Brasil manter nível de competitividade econômica e a economia vai sofrer”, disse.
Sobre a dívida pública, Felipe faz um alerta grande. “O Brasil hoje uma dívida pública de 77% do seu PIB, o que mostra um crescimento grande na última gestão do presidente Lula. Se o ritmo de crescimento for mantido a dívida pública rapidamente vai superar o PIB e o Brasil não tem no mercado a mesma condição que outros países tem de assumir uma dívida grande e continuar com crédito”, explicou.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil