O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, divulgou nesta quinta-feira (16) o balanço anual de 2024 e as metas estratégicas da pasta para os próximos dois anos. Com foco no crescimento econômico e na modernização da infraestrutura de transporte, Costa Filho destacou o papel dos investimentos públicos e privados em portos, aeroportos e hidrovias para impulsionar a economia e otimizar o escoamento da produção nacional.
De acordo com o ministro, o setor portuário se consolidou como prioridade para o desenvolvimento econômico do país. “Em dois anos, já investimos R$ 20,8 bilhões, mais que o dobro do governo anterior. Até o fim do governo do presidente Lula, teremos mais de R$ 50 bilhões em investimentos vindos do setor privado”, afirmou.
O setor portuário encerrou 2024 com um crescimento expressivo de 7,42%, atingindo uma movimentação recorde de 437,73 milhões de toneladas. Esse resultado foi impulsionado pelo agronegócio e pelo aumento significativo de produtos como trigo (+40%), açúcar (+27,68%) e fertilizantes (+9,4%). Além disso, avanços em infraestrutura, sustentabilidade e conectividade fortaleceram o setor como um pilar do desenvolvimento econômico nacional.
Costa Filho também ressaltou que, entre 2003 e 2022, foram realizados 43 leilões portuários no Brasil, resultando em R$ 6 bilhões de investimentos. Contudo, até 2026, sob o governo Lula, serão realizados 50 novos leilões. “Esses são dados significativos que nos ajudam a avançar e a fortalecer os projetos de concessão”, afirmou o ministro.
Entre os projetos em destaque está o leilão do Porto de Itaguaí (ITG 02), considerado o maior do Brasil, além dos futuros empreendimentos, como o Túnel de Santos e o terminal STS10, previstos para 2025. “Esses projetos vão transformar a logística nacional e garantir avanços expressivos na competitividade do Brasil no mercado global”, explicou Costa Filho.
O túnel submerso Santos-Guarujá, o primeiro da América Latina, também avançou em 2024, com investimento estimado em R$ 5,96 bilhões. Já o programa “Navegue Simples” foi outro marco do setor portuário, contando com investimentos voltados à modernização das concessões.
Sustentabilidade como prioridade
Em 2024, o governo aprimorou o programa Porto Sem Papel e lançou a Agenda 2030 de sustentabilidade para os portos brasileiros. “Este foi o melhor ano da história do setor portuário brasileiro. Batemos recordes em todos os segmentos”, declarou Costa Filho, ao destacar que o programa já está implementado em 100% dos portos públicos, reduzindo a burocracia nas operações.
O compromisso com a descarbonização também foi reforçado com iniciativas como o Pacto pela Sustentabilidade e os incentivos ao uso de embarcações sustentáveis. Para 2025, O MPor prevê a ampliação das concessões e novos investimentos estratégicos, garantindo um desenvolvimento equilibrado e sustentável.
Aviação: inclusão e recuperação
No setor de aviação, 2024 marcou um recorde de 118,3 milhões de passageiros, superando a meta inicial de 116 milhões. Um dos destaques foi o lançamento do programa “Voa Brasil”, que ofereceu passagens aéreas por até R$ 200 para aposentados, promovendo a inclusão social e ampliando o acesso ao transporte aéreo.
Além disso, o setor demonstrou resiliência ao enfrentar desafios como as enchentes que atingiram o Aeroporto Salgado Filho, no Rio Grande do Sul. Com medidas emergenciais, as operações foram retomadas em tempo recorde, garantindo a continuidade do transporte aéreo.
Combate à seca
A criação da Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação e as ações de combate a seca extrema também fora prioridade da Pasta. Foram garantidos R$ 370 milhões de investimentos para o enfrentamento da seca com a dragagem.
Investimento hidroviário
Em 2024 foram R$ 45 bilhões de investimentos em projetos aprovados em 2023 e 2024. Valor é mais que o dobro do aprovado nos 4 anos do governo anterior (R$ 22 bilhões).
Foto: Vosmar Rosa