Mineradoras pequenas, conhecidas como junior minings, e focadas na descoberta e produção de minerais críticos como lítio e terras raras, essenciais para a transição energética global, estão investindo no Brasil.
São empresas australianas, canadenses ou americanas que vem ao Brasil com o objetivo de explorar minerais estratégicos para baterias de carros elétricos, turbinas eólicas e painéis solares.
Uma dessas empresas está na Bahia. Trata-se da Brazilian Rare Earths (BRE), mineradora listada na bolsa australiana desde o fim de 2023, que levantou cerca de US$ 90 milhões ( R$ 540 milhões) no mercado de capitais da Austrália para financiar a exploração de uma área de 1.410 km² de terras raras no município de Jequié no sudoeste baiano.
Até o momento, a exploração da empresa descobriu e delineou uma província mineral de escala distrital e de importância global, contendo grandes volumes de terras raras pesadas e leves, essenciais para indústrias e aplicações avançadas que proporcionarão uma transição para energia verde.
Os estudos já identificaram que as terras raras da região tem concentrações significativamente superiores às verificadas em projetos na China, mas apesar dos números iniciais animadores, a empresa ainda está em fase piloto e busca por licenças. Não há previsão para o começo das atividades
Terras raras são extraídas de rochas duras ou depósitos de argila iônica, com a maior parte da produção global de minerais primários e separação de metais secundários dominada pela China. São usadas em muitas aplicações, incluindo ímãs permanentes, agentes de dopagem, catalisadores, cerâmicas, vidros e ligas metálicas.