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HADDAD PREVÊ DÉFICIT EM 2024 EM 0,1% DO PIB

LUIZA SANTOS - 07/01/2025 18:20

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que o déficit primário será de 0,1% do PIB em 2024. A previsão foi feita durante uma entrevista à GloboNews nesta terça-feira (7).

“Estamos entregando um resultado mais perto do 0 do que do limite inferior da banda”, avaliou o ministro.

Esse número não considera os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul, que foram excluídos da meta fiscal após aprovação do Congresso Nacional. Caso esses gastos fossem incluídos, o déficit seria de 0,37% do PIB, segundo Haddad.

Neste ano, a equipe de Haddad estabeleceu como meta alcançar um déficit zero, com uma margem de tolerância de até 0,25 ponto percentual do PIB, para mais ou menos. Isso significa que um déficit de até R$ 28,8 bilhões ainda está dentro da meta.

“Em 2025, vamos buscar o mesmo resultado. Tenho time completamente obstinado em buscar os resultados”, afirmou Haddad, referindo-se ao déficit zero.

O ministro também projetou um crescimento de 3,6% do PIB para 2024.

Haddad interrompeu suas férias, que durariam até 21 de janeiro, para participar de uma reunião de quase três horas com o presidente Lula (PT) nesta segunda-feira (6).

Segundo o ministro, o encontro abordou o orçamento de 2025, que ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional.

“Tive reunião de três horas com Lula sobre esse assunto, a necessidade ser diligente mais do que nunca diante do desafio externo”, disse.

“Nós precisamos aprovar orçamento. Nesse momento não temos orçamento aprovado. Estamos olhando peça orçamentária, vendo ajustes que tem de ser feitos para adequá-lo ao conjunto de medidas que está sendo sancionado pelo presidente”, explicou.

As medidas mencionadas por Haddad envolvem regras para contenção das despesas obrigatórias. Ele afirmou que com essas regras “vamos ganhar grau de liberdade não tínhamos para fazer gestão orçamentária para atingir objetivos pretendido”.

O ministro também comentou sobre um “problema grave de comunicação” que afetou a economia, ao ser questionado sobre a alta do dólar no final de 2024.

“Temos que nos comunicar melhor, e venho dizendo isso há muito tempo. O governo tem que ser coerente e resoluto, não podemos deixar brechas para os resultados que queremos atingir”, concluiu.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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