Sete dos 163 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão na fábrica da BYD, em Camaçari (BA), têm retorno previsto à China no dia 1º de janeiro. As passagens e uma ajuda de custo de US$ 120 serão custeadas pela montadora chinesa.
Enquanto aguardam a finalização das rescisões contratuais, os operários permanecerão hospedados em hotéis da região. A BYD e a empreiteira Jinjiang Construction Brazil firmaram compromissos durante audiência com órgãos como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública da União para garantir o pagamento de indenizações e a regularização de documentos.
Situação dos trabalhadores e alojamentos
A força-tarefa identificou condições degradantes, como jornadas exaustivas, superlotação nos alojamentos, falta de colchões, banheiros insuficientes e inadequados, e restrições de liberdade. Muitos operários entraram no país com vistos irregulares, e passaportes de 107 trabalhadores foram retidos pela empresa.
Respostas das empresas
A BYD afirmou que não tolera violações à legislação brasileira e rompeu o contrato com a empreiteira Jinjiang, que alega mal-entendidos culturais e problemas de tradução. Uma nova audiência está marcada para 7 de janeiro para discutir um termo de ajuste de conduta.
A montadora está investindo R$ 5,5 bilhões na construção de um complexo industrial no local que abrigava a antiga fábrica da Ford, com capacidade para produzir 150 mil veículos elétricos e híbridos por ano.
Foto: Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM)
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
