No ano de 2024 (4,66%), oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA-15 tiveram aumentos, na Região Metropolitana de Salvador.
Depois de fechar 2023 com deflação (-0,92%), alimentação e bebidas teve, em 2024, o terceiro maior aumento entre os grupos (5,84%) e, por seu peso na formação do índice, deu a principal contribuição de alta ao IPCA-15 do ano, na RMS.
Foi puxado com mais força pela alimentação no domicílio (6,40%), sobretudo pelas carnes (17,79%), como a costela (27,21%), e pelas bebidas e infusões (20,72%), sobretudo o café moído (38,77%). A alimentação fora de casa (4,21%) também pressionou a prévia da inflação do ano, sob maior influência das refeições (almoço ou jantar), que aumentaram 4,01%.
Nove dos dez produtos e serviços que mais aumentaram no ano de 2024, na RM Salvador, segundo o IPCA-15, foram alimentos, liderados por café (38,77%), óleo de soja (34,73%) e alho (28,83%). O único item não alimentício nessa lista foi a depilação (18,01%), que ficou em 10º lugar.
Com o segundo maior aumento entre os grupos, na prévia da inflação de 2024, saúde e cuidados pessoais (7,05%) também deu a segunda maior contribuição de alta para o IPCA-15 do ano, na RMS. Foi puxado pelos planos de saúde (7,91%), que exerceram a segunda principal pressão inflacionária individual na prévia do ano.
A alta dos planos de saúde só teve impacto individual menor do que a da gasolina, no IPCA-15 de 2024, na RM Salvador. O combustível aumentou 9,34% até meados de dezembro e foi o item que mais puxou a prévia da inflação do ano para cima.
O único grupo com deflação em 2024, na RM Salvador, segundo o IPCA-15, foi artigos de residência (-0,38%), que fechou o segundo ano consecutivo mostrando queda média dos preços, puxado, sobretudo por refrigeradores (-4,14%), móveis para sala (5,46%) e máquina de lavar roupa (-7,61%).
A energia elétrica também teve queda de preço em 2024 (-4,36%), de acordo com o IPCA-15, e foi o serviço que, individualmente, mais contribuiu para segurar a prévia da inflação do ano, na RMS. Nesse sentido, as passagens aéreas, apesar dos fortes aumentos em novembro e dezembro, tiveram a segunda principal influência, com deflação no ano de 2024 (-17,86%).
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