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PRODUÇÃO DE 1º CONCORRENTE NACIONAL DO OZEMPIC É APROVADA PELA ANVISA

LUIZA SANTOS - 24/12/2024 17:07

Nesta segunda-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por meio do Diário Oficial, a produção de dois novos medicamentos no Brasil. Criados pela farmacêutica EMS, o Lirux e o Olire são compostos à base de liraglutida, uma substância eficaz no tratamento do diabetes e da obesidade. Os produtos devem ser lançados no mercado ao longo de 2025.

A liraglutida, princípio ativo presente nos medicamentos Saxenda e Victoza da Novo Nordisk, teve sua patente expirada neste ano no Brasil, permitindo a entrada de novos concorrentes no mercado. Esse composto age como um análogo de GLP-1, um hormônio natural produzido pelo intestino que, quando liberado na presença de glicose, ajuda a controlar o apetite, aumenta a produção de insulina e regula os níveis de açúcar no sangue.

A principal inovação é que o Lirux e o Olire serão fabricados inteiramente no Brasil, tornando-se os primeiros medicamentos dessa categoria a serem produzidos localmente. Carlos Sanchez, Presidente do Conselho de Administração da EMS, destacou o orgulho da farmacêutica em desenvolver um produto com tecnologia nacional: “Vamos fabricar desde a matéria-prima até o produto acabado, reforçando nossa posição de liderança no mercado farmacêutico brasileiro com produtos de alta qualidade e impacto”, afirmou.

Como funcionam os novos medicamentos?

Assim como outros medicamentos à base de GLP-1, como o Ozempic, o Lirux e o Olire serão aplicados por injeção subcutânea. Ambos exigem administração diária, ao contrário da semaglutida, que tem aplicação semanal. A dose diária recomendada do Lirux é de até 1,8 mg, sendo comercializado em embalagens com uma, duas, três, cinco ou dez canetas. O Olire, destinado ao tratamento da obesidade, pode ser aplicado em doses de até 3 mg por dia, com embalagens contendo uma, três ou cinco canetas.

Ambos os medicamentos utilizam a tecnologia UltraPurePep, que assegura alta pureza e eficiência, representando um avanço significativo na produção de análogos de GLP-1.

Com o lançamento desses produtos, o mercado brasileiro de tratamentos para diabetes e obesidade ganha novas alternativas, enquanto a EMS busca ampliar sua presença no setor farmacêutico nacional.

Foto: Butantan/Divulgação

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