Em 2022, apenas 39 dos 170 bairros de Salvador (22,9% do total) concentravam metade da população da capital baiana: 50,2% dos habitantes do municípios, ou 1.213.972 pessoas. Eles eram liderados por Itapuã, com 60.968 moradores (2,5% da população soteropolitana), Pituba, com 57.894 moradores (2,4%), e Pernambués, com 52.564 (2,2%).
No outro extremo, a metade dos bairros com menores populações, ou seja, os 85 menos populosos, reuniam apenas 21,0% dos moradores de Salvador. Além de Aeroporto, onde não há residentes, Porto Seco Pirajá, com 48 pessoas (0,002% dos habitantes da capital), Centro Administrativo da Bahia (CAB), com 173 moradores (0,007%), e Retiro, com 754 (0,031%) eram os menores bairros soteropolitanos em termos de população.
Em número total de domicílios e de domicílios particulares permanentes ocupados, os dez bairros líderes do ranking de população se mantinham, embora houvesse trocas de ordem entre eles, indicando maior ou menor adensamento domiciliar (número de moradores por residência).
A Pituba passava a liderar, com 30.270 domicílios, sendo 25.447 deles particulares permanentes ocupados; Itapuã ficava em 2º lugar, com 30.046 domicílios, sendo 23.817 ocupados, e Pernambués mantinha a 3ª posição, com 27.278 domicílios, sendo 21.561 particulares permanentes ocupados.
As listas dos dez bairros com menos domicílios e menos domicílios ocupados também se pareciam muito entre si e com a daqueles com menores populações. Além de Aeroporto, onde não havia residências, Porto Seco Pirajá (com apenas 21 domicílios, sendo 17 ocupados), CAB (com 106 domicílios, sendo 68 ocupados) e Retiro (484 domicílios, sendo 324 ocupados) ficavam nas últimas posições em total de residências.
Em Salvador, em 2022, havia, em média, 2,5 moradores por domicílio. Um pouco mais da metade dos 170 bairros (88 deles) tinham médias de moradores por domicílio maiores do que a da capital como um todo; 1 em cada 5 (37 dos 170) tinha a mesma média do município (considerando os arredondamentos) e 1 em cada 4 bairros (25,9% ou 44 dos 170) tinha menos moradores, em média, por domicílio.
Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio e Horto Florestal lideravam, com média de 3,0 moradores por residência, seguidos por Porto Seco Pirajá, Ilha de Maré e Roma, com 2,8 pessoas, em média, por domicílio.
Dois de Julho, com 2,0 moradores por domicílio, tinha a menor média entre os bairros, seguido por Centro, Barra, Jardim Armação e Amaralina, cada um com 2,1 pessoas por residência (considerando o arredondamento).
Em 2022, o Censo apontou que 16,4% dos domicílios particulares permanentes de Salvador estavam vagos, isto é, não tinham moradores; e que 4,4% das residências eram de uso ocasional, usadas eventualmente, mas sem moradores em caráter permanente.
Muito acima do verificado na capital como um todo, o Centro Histórico tinha quase 4 em cada 10 residências vagas (38,0%), a maior proporção entre os bairros. Era seguido por Retiro (32,0% de domicílios vagos) e Mares (30,0%), onde a proporção ficava em torno de 3 a cada 10.
Por sua vez, os três bairros-ilhas de Salvador lideravam na proporção de domicílios de uso ocasional. Ilha dos Frades/Ilha de Santo Antônio tinha 4 em cada 10 dos seus domicílios nessa situação (39,5%), Ilha de Maré (31,6%) e Ilha Bom Jesus dos Passos (29,6%) vinham em seguida.
Já os domicílios improvisados (edificações sem dependências exclusivas para moradia ou inadequadas para isso, como estruturas comerciais ou industriais, calçadas, praças, viadutos ou abrigos naturais, veículos e barracas), que eram apenas 0,07% dos existentes em Salvador, chegavam a 3,2% do total de residências em Cassange, 2,3% em Areia Branca e 1,2% no Comércio – bairros soteropolitanos que lideravam nessa estatística.
Por outro lado, em 2022, 42 dos 170 bairros de Salvador (24,7% ou 1 em cada 4) não tinham nenhum domicílio improvisado.
Foto: Valter Pontes/Secom PMS