Na última semana (29), o Bitcoin atingiu um recorde histórico em reais, alcançando os R$ 400 mil. A valorização foi motivada pela eleição norte-americana –e pela possibilidade de uma vitória de Donald Trump, visto como mais pró-cripto pelo setor. Segundo dados da Receita Federal, divulgados em outubro, o mercado de criptomoedas movimentou R$ 248 bilhões no Brasil entre janeiro e setembro deste ano. O Tether USDT e a USD Coin, criptomoedas indexadas ao dólar, e o Bitcoin (BTC), ativo mais popular do setor, foram os mais negociados do período. As criptos movimentaram R$ 153,7 bilhões, R$ 9,9 bilhões e R$ 35 bilhões no país, respectivamente.
Os números podem ser mais altos, porque pessoas com menos de R$ 5.000 em criptos, segundo a legislação, não são obrigadas a informá-las ao órgão. Hoje, existem mais de 9.000 criptomoedas em circulação no mundo. Em seguida ao Bitcoin, de acordo com informações da CoinMarketCap, a segunda moeda com maior circulação é a Ethereum, que representa 13% do mercado. Binance Coin (BNB), Tether, Solana, entre outras, somam, juntas, 28% do mercado.
Especialistas do setor afirmam que não há um perfil específico de investidor para o qual as criptos são recomendadas. Eles identificam uma mudança nos últimos anos. “No passado, era algo que despertava interesse de quem estava ligado à tecnologia. Hoje, é encarado como um ativo que pode compor uma carteira diversificada. É um debate sobre ‘o quanto’ alocar e não ‘se’. Pode-se começar com 3% e evoluir para 10%, por exemplo, pensando no horizonte de longo prazo”, diz Fabricio Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin.
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