Um levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), com base em dados da Geobrain, mostra que o setor de imóveis de luxo mantém sua relevância no Brasil, sustentando uma demanda constante por unidades de alto padrão.
Nos últimos três semestres, o segmento de luxo representou, em média, 28% do Valor Geral de Vendas (VGV) nas 10 maiores cidades do país. Em número de unidades lançadas, o setor registrou uma participação estável de 5%, refletindo sua resiliência. O público que compra imóveis de luxo, em geral, não depende de financiamento e é atraído por produtos sofisticados, inovadores e bem localizados. Esses compradores buscam uma melhora na qualidade de vida, além do ganho patrimonial de longo prazo proporcionado por um ativo imobiliário de alta qualidade.
São Paulo e Rio de Janeiro continuam a ser os principais destinos para imóveis de alto padrão, somando R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão de VGV no 1º semestre de 2024, respectivamente. Outras cidades como Goiânia (R$ 1,2 bi), Brasília (R$ 798 mi) e Salvador (R$ 381 mi) também tiveram um desempenho expressivo, com fortes crescimentos percentuais no período. Isso demonstra que o mercado de luxo tem espaço nas mais diversas regiões do Brasil. São Paulo apresentou o maior valor médio de m² vendido (R$ 28,6 mil); no entanto, em 4 das 10 cidades analisadas, o valor médio de venda superou R$ 20 mil. Em alguns casos, foram registrados empreendimentos com valor médio de venda acima de R$ 42 mil por metro quadrado, também na capital paulista.
O estudo destaca a variação nos preços médios do m² entre as regiões, com São Paulo e Rio de Janeiro apresentando os valores mais elevados, enquanto Recife e Goiânia oferecem opções mais acessíveis, revelando a diversidade e o potencial do setor.
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