De acordo com a pesquisa, de janeiro a agosto de 2024, houve um crescimento significativo de 38% nos lançamentos em comparação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto em 2023 foram lançadas 5.749 unidades, este ano o número saltou para 7.912 unidades nos primeiros oito meses. O padrão econômico, que inclui o Minha Casa Minha Vida, e os padrões médio e alto, que variam entre R$ 700 mil e R$ 1,5 milhão, predominaram.
Dentro do programa Minha Casa Minha Vida, o padrão econômico representou 42,7% dos lançamentos até agosto (3438 unidades). Em segundo lugar, aparece o padrão especial (studios, lofts e 1 quarto), com 20,1%, que representa 1619 unidades lançadas no mesmo período. E o padrão standard, com imóveis de R$ 350 a R$ 700 mil, representou 15,8%.
No Valor Geral de Vendas (VGV), os números também são promissores. Em agosto de 2024, foram vendidos R$ 454 milhões, 15,4% a mais em comparação com agosto de 2023 (R$ 397 milhões). Embora tenha havido uma queda de 10% no VGV acumulado de janeiro a agosto em relação ao ano anterior, os números mostram que os resultados de 2024 serão positivos.
Os preços dos imóveis tiveram pouca variação durante o período analisado. O ticket médio em Salvador é atualmente de R$ 528 mil, enquanto na região metropolitana é de R$ 391 mil. No padrão econômico, os preços médios são mais acessíveis: R$ 241 mil em Salvador e R$ 201 mil na região metropolitana. O padrão especial também se destaca com valores médios que atingem R$ 455 mil na capital e R$ 357 mil na RM. O preço do metro quadrado também manteve-se estável. Em Salvador, ele gira em torno de R$ 9.800; na região metropolitana, a média é de R$ 4.111 por metro quadrado. No padrão especial, esses valores sobem para R$ 14.038 e R$ 8.838, respectivamente, nas duas áreas.
Um dado importante sobre o estoque de unidades revela que mais de 75% foram lançadas entre 2023 e início de 2024. Em Salvador, o estoque totaliza cerca de 5.624 unidades distribuídas entre diversas tipologias e padrões; já na região metropolitana são aproximadamente 813 unidades verticais disponíveis. Notavelmente, no estoque da capital baiana, cerca de 45% corresponde ao padrão econômico.
Para Cláudio Cunha, presidente da Ademi-BA, essa diversidade de lançamentos demonstra a adaptação do mercado às necessidades de diferentes faixas de renda. “Esses dados não apenas refletem um momento positivo do mercado imobiliário, como também evidenciam uma dinâmica positiva que pode impactar as decisões futuras dos investidores e compradores na região”, conclui.