sábado, 23 de novembro de 2024
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NORDESTE AMPLIA OFERTA DE ENERGIA RENOVÁVEL COM NOVAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

Bruna Carvalho - 22/10/2024 09:12 - Atualizado 22/10/2024

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aumentou a capacidade de escoamento de energia renovável do Nordeste para outras regiões do Brasil, com a ativação de três novas linhas de transmissão e uma subestação. Esses equipamentos receberam autorização para operar na última semana.

De acordo com o ONS, as novas linhas permitirão reduzir as limitações na geração de energia eólica e solar, restaurando os níveis de operação anteriores ao apagão de agosto de 2023. As linhas autorizadas, todas com tensão de 500 quilovolts (kV), são Pecém-II – Pacatuba C, Fortaleza II – Pacatuba C e Pacatuba – Jaguaruana II.

A subestação de Pacatuba também entrou em operação, o que aumenta a capacidade de transmissão da energia gerada no Nordeste, região que concentra grande número de usinas eólicas e solares. A transmissão estava sendo limitada desde 15 de agosto, quando um apagão afetou 25 estados e o Distrito Federal devido a uma falha em um equipamento de uma linha naquela região.

Como medida preventiva após o apagão, o ONS adotou uma operação mais restritiva, limitando o envio de energia renovável do Nordeste para outras partes do país. Esse procedimento é conhecido no setor elétrico como “constrained off” ou “curtailment”, termos em inglês que descrevem a prática de limitar a geração de energia.

Segundo o diretor-geral do ONS, Marcio Rea, a entrada em operação dos novos ativos aumentou em 12% a capacidade de transmissão de energia do submercado Nordeste para o Sudeste/Centro-Oeste, passando de 11.600 megawatts (MW) para 13 mil MW. Além disso, a exportação de energia para o Norte do país aumentou em 30%, indo de 4.800 MW para 6 mil MW.

Ainda neste mês, está prevista a ativação da linha de transmissão Olindina-Sapeaçu, também com 500 kV, o que elevará a capacidade de escoamento de 13 mil para 13.800 MW. “Com isso, a necessidade de restrição vai diminuir”, afirmou Rea.

No entanto, Rea admitiu que os cortes na geração de energia continuarão ocorrendo à medida que novos projetos eólicos e solares entram em operação. “É impossível zerar o corte”, ressaltou.

(Valor Econômico)

Foto: Divulgação

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