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HELEN TOYAMA – O USO DA IA, NO PANEJAMENTO E TOMADA DE DECISÕES

Redação - 21/10/2024 16:17 - Atualizado 21/10/2024

Nos últimos anos, a tecnologia transformou diversas atividades do cotidiano, desde a forma como nos comunicamos até como trabalhamos e aprendemos. A inteligência artificial (IA) se tornou uma das protagonistas desse processo, já amplamente integrada em empresas de diversos segmentos. No setor educacional, essa revolução permitiu otimizar processos e redefinir a maneira como instituições captam e gerenciam seus leads. Mas, como exatamente a IA está moldando o futuro da educação?

As instituições de ensino, tradicionalmente vistas como ambientes de interação humana, também começam a adotar ferramentas de monitoramento inteligente. Essas tecnologias coletam dados, analisam a qualidade das interações e oferecem feedback mais preciso e padronizado. E isso pede um novo jogo de cintura na captação e retenção de alunos, que pode contar com uma abordagem mais eficiente e em aumento nas taxas de conversão. Ao padronizar a análise das interações, a IA garante que todas as avaliações sigam critérios rigorosos, além de eliminar a subjetividade que pode influenciar as avaliações humanas.

O monitor inteligente se destaca por suas duas principais funções. Primeiro, a padronização. Com a ajuda da IA, as avaliações de interações, sejam elas de vendas ou de retenção, tornam-se mais precisas e consistentes. Enquanto um monitor humano pode ser influenciado por percepções subjetivas, a tecnologia fornece uma análise imparcial. Isso melhora a qualidade do atendimento, e também reduz a margem de erro. O segundo ponto é o volume. Um monitor humano pode avaliar cerca de cem interações por mês, mas a IA não tem limites. Ela pode analisar um número praticamente infinito de contatos e garantir uma avaliação contínua e em tempo real.

Mas essa automação levanta uma questão interessante: a IA ameaça os profissionais da educação? Bem, a verdade é que essa resposta é complexa. Por um lado, as funções operacionais de monitoramento podem diminuir, mas, por outro, surgem novas oportunidades. Os profissionais têm a chance de evoluir para funções mais estratégicas. Por exemplo, a calibração dos modelos de IA não pode ser feita por uma máquina. Um curador humano, que monitora as avaliações feitas pela máquina, analisa se as informações estão sendo processadas corretamente e propõe melhorias. Esse novo papel transforma o tradicional monitor de qualidade em um agente de inovação, capaz de contribuir ativamente para o aprimoramento dos processos educacionais.

Além disso, a IA pode simplificar processos seletivos. Imagine um sistema que não apenas aplica, mas também corrige redações de candidatos em tempo real. Essa alternativa agiliza muito o ingresso de novos alunos, mas também oferece um feedback imediato e aprimora a experiência educacional desde o primeiro contato. A possibilidade de um processo mais eficiente e personalizado pode ser a chave para aumentar a satisfação dos alunos e a eficácia da instituição.

No entanto, o sucesso dessa transformação depende do uso inteligente da tecnologia. É importante que os profissionais da educação não se limitem a delegar suas responsabilidades à IA, mas utilizem ela como uma ferramenta que amplifica suas capacidades. A IA deve ser vista como um suporte que permite ao ser humano focar em decisões estratégicas.

Assim, a educação caminha para um futuro onde a inteligência artificial apoia as operações, mas também liberta os educadores para se concentrarem em decisões e na construção de um ambiente de aprendizagem mais enriquecedor. Então qual é a sua estratégia, como líder, para integrar melhor a criatividade e a inovação tecnológica nas operações da sua empresa?

*Helen Toyama, CEO e fundadora da Persone, empresa pioneira especializada em soluções de vendas para segmento educacional.

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