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AGRICULTORES BAIANOS ADOTAM MUITAS MEDIDAS REGENERATIVAS CONTRA PERDAS CLIMÁTICAS

João Paulo - 07/10/2024 08:00

De acordo com a pesquisa Farmer Voice, publicada pela Bayern neste ano, mundialmente, 6 a cada 10 agricultores já sofreram perdas significativas de receita por causa de eventos climáticos atípicos. Diante desse cenário, os agricultores brasileiros se destacam como os mais receptivos a novas tecnologias sustentáveis: 91% estão dispostos a se adaptar aos desafios climáticos, em contraste com a média global de 75%.

Segundo Greice Fontana Klein, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), as práticas regenerativas já são amplamente adotadas pelos agricultores baianos, com grande adesão ao sistema de plantio direto, aos sistemas integrados de lavoura-pecuária e à rotação de culturas. Além disso, são utilizados plantios em curvas de nível em áreas com declives, ideais para prevenir a erosão do solo e aumentar a retenção de água. As novas tecnologias agrícolas, como sensores para monitorar a utilização de recursos hídricos e plantadeiras guiadas por GPS, já estão instaladas nas lavouras baianas. Da mesma maneira, estão adotando o uso de novos defensivos e fertilizantes sustentáveis, como bioinsumos.

Fontana ainda comenta que a adoção de práticas regenerativas reduz os custos financeiros dos produtores com manutenção da lavoura e logística de transporte. “Neste ano, tivemos aqui em Luís Eduardo Magalhães, a 19ª edição do Encontro Nacional do Sistema Plantio Direto. Nesse encontro, pudemos ver que a agricultura regenerativa diminui os custos de produção e aumenta a produtividade. Além de sabermos que ela é uma agricultura mais sustentável, que melhora o nosso solo, vemos que ela impacta diretamente no nosso custo, porque diminui os gastos com diesel, defensivos e adubação”, conta ela.

Além disso, Eneas afirma que consumidores nacionais e internacionais têm consumido cada vez mais produtos de origem sustentáveis, e que os agricultores baianos estão se adaptando a esta tendência crescente. “Hoje, tanto o mercado nacional quanto o internacional têm apresentado cada vez mais exigências no sentido da sustentabilidade. A região oeste da Bahia está de olho nessas demandas e já vem implementando essas ações, tanto nos cuidados com o solo e a água quanto com a natureza”, relata o gerente de sustentabilidade da Aiba.

Foto: Juliana Sussai / Embrapa

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