Ao menos 119 cidades baianas enfrentam desabastecimento de vacinas destinadas ao público infantil, segundo um estudo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Entre os imunizantes em falta estão aqueles que protegem contra catapora, meningite e hepatite, por exemplo. Em alguns casos, as vacinas na rede privada podem chegar a custar mais de R$1,3 mil.
É o caso do imunizante meningocócica C, que previne a meningite C, infecção que atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode levar à morte. Uma dose da vacina pode custar até R$449 em laboratórios particulares de Salvador. Para a proteção completa, é preciso administrar duas doses e uma terceira de reforço, a partir dos três meses de idade. O valor do ciclo completo chega a R$1.347.
Na Bahia, 60 cidades admitiram enfrentar desabastecimento do imunizante. O período médio de ausência da vacina meningocócica C é de 90 dias, nos 546 municípios brasileiros que registraram falta, segundo a CNM. O levantamento foi feito entre os dias 2 e 11 de setembro.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que “mantém envio regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios”. Ainda segundo a pasta federal, não há falta generalizada de vacinas no Brasil. “O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população”, ressalta. (Correio)
Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil Saúde