Pela primeira vez desde 2021, as operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios registraram um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
As empresas do setor são frequentemente alvo de reclamações por recusas em cobrir procedimentos ou consultas e por cancelamentos unilaterais de planos individuais. Em maio, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), solicitou que operadoras de planos de saúde explicassem os cancelamentos unilaterais de contratos.
Embora as operadoras de saúde tenham justificado algumas dessas decisões com base em baixa lucratividade, os dados da ANS mostram um lucro significativo. O resultado equivale a aproximadamente 3,27% da receita total acumulada no período, que superou R$ 170 bilhões. Isso significa que, para cada R$ 100,00 de receita, o setor arrecadou cerca de R$ 3,27 de lucro.
A ANS também destacou que, no agregado, o desempenho econômico-financeiro foi o mais positivo para um 1º semestre desde 2019. O lucro operacional das operadoras médico-hospitalares atingiu R$ 2,4 bilhões, um valor próximo ao registrado nos anos anteriores à pandemia de Covid-19.
Foto: Agência Brasil
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