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AMORIM AFIRMA QUE BRASIL NÃO RECONHECERÁ MADURO SE AS ATAS NÃO APARECEREM

João Paulo - 15/08/2024 15:00

O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou, em audiência pública no Senado, nesta quinta-feira, que o Brasil não reconhecerá o governo de Nicolás Maduro, a partir de janeiro do ano que vem, se as atas eleitorais não aparecerem. Desde a eleição no país vizinho, o governo brasileiro espera a publicação dos boletins de urna, juntamente com a contagem de votos, que possam comprovar quem venceu as eleições: se Maduro ou o candidato da oposição, Edmundo González. — Se não houver algum acordo que possibilite avançar, não vamos reconhecer o governo se as atas não aparecerem — afirmou.

Amorim disse que o governo brasileiro não estabelecerá uma data para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgue os documentos que mostrem como foi a votação.. — Não vamos dar um ultimato. Ultimato, quando se cumpre, é um desastre, e quando não se cumpre, perde-se a credibilidade — afirmou. Ao longo da sessão, Amorim explicou aos parlamentares a posição do Brasil diante da crise, que começou após a eleição no país vizinho, em 28 de julho último. Reafimou a posição brasileira de aguardar as atas eleitorais e voltou a defender uma solução negociada para a Venezuela. — Os principais dilemas são em torno da divulgação dos resultaados e da atuação do Tribunal de Justiça. A solução precisa vir do diálogo. É difícil, mas tem que ser tentada.

Perguntado sobre o que o governo fará, se as atas não aparecerem, ele respondeu: —A impaciência não é boa conselheira. Vamos encontrar uma solução democratica, eleitoral e pacífica.

 

Foto: Cristiano Mariz

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