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NORDESTINOS DEVEM DESENBOLSAR R$ 77 BI EM GASTOS COM SAÚDE, APONTA PESQUISA

Matheus Souza - 13/08/2024 18:59 - Atualizado 14/08/2024

O setor de saúde deve movimentar no Nordeste até o final deste ano cerca de R$ 77 bilhões, o que representa um acréscimo de 9,2% em comparação a 2023. É o que aponta uma pesquisa realizadas pelo IPC Maps. Os gastos com medicamentos devem aumentar 9,6% nos estados nordestinos na comparação com o ano anterior.

De acordo com os dados, a Bahia é o estado da região com maior potencial de gastos com saúde até dezembro, com previsão de R$ 23,3 bilhões. O estado figura na quinta colocação no ranking dos estados brasileiros.

Já Pernambuco aparece em nono, com previsão de gastos de R$ 13,9 bilhões. Alagoas é o 19º e a pesquisa estima que os alagoanos devam gastar R$ 4,5 bilhões ao longo do ano com saúde.

Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, os gastos com medicamentos, deve superar os R$ 36,9 bilhões e despesas com plano de saúde e tratamento dentário devem ficar em R$ 40 bilhões. Apesar desta última categoria apresentar valores maiores, os gastos com medicamentos tiveram a maior alta em comparação ao ano passado.

“De 2023 para 2024, os valores de potencial de consumo com saúde no Nordeste aumentaram 9,2%, com destaque para o aumento de medicamentos, que chegou a 9,6% neste período. Isto se deve ao fato de a população ter a cada ano, uma expectativa de vida maior e, por isso, com uma quantidade maior de população idosa, os cuidados com a saúde aumentam, pois doenças como pressão alta, colesterol elevado, diabetes, dentre outras, tendem a aparecer depois de uma determinada faixa etária. Aliado a isso, temos o fato que os preços dos medicamentos vêm tendo aumentos acima da inflação”, explicou Pazzini.

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Planos de saúde, tratamentos dentários e medicamentos
No comparativo nacional, o setor de saúde deve movimentar no País até o final deste ano cerca de R$ 451 bilhões. De acordo com o levantamento, os brasileiros devem desembolsar este ano R$ 236,4 bilhões só com planos de saúde e tratamentos médico dentário e R$ 214,5 bilhões com medicamentos.

Na liderança do ranking nacional, o estado de São Paulo responderá por quase R$ 138 bilhões dos gastos, porém é o Piauí que, na comparação de 2023 para 2024, contabilizará a maior alta — de 16,8% — nas despesas com saúde, resultando em mais de R$ 3,5 bilhões desembolsados pelas famílias.

Farmácias aumentam no Nordeste

O número crescente de farmácias, que é até motivo de memes nas redes sociais, afinal não é difícil ver duas ou três farmácias numa mesma rua, ajuda a explicar o aumento significativo de gastos com medicamentos.

A nível nacional, a pesquisa aponta que o crescimento de farmácias cresceu, com a abertura de 4.227 unidades em todo o país, totalizando hoje 123.565 estabelecimentos.

No Nordeste houve um aumento de 4,5% no número de novas farmácias, acima do percentual nacional, passando de 33.885 mil em 2023 para 35.394 no primeiro semestre deste ano.

“Muitos pontos de vendas são de grandes redes, o que tende a diminuir a concorrência no ponto de venda e elevar ainda mais os preços de medicamentos, avaliou Pazzini.”

Dados da Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), aponta que as principais redes de farmácias no Brasil faturaram em 2023 R$ 91,3 bilhões.

O grupo RD Saúde, que administra a rede de farmácias Drogasil, segue liderando o faturamento pelo 13º ano consecutivo, seguido do grupo DPSP, resultante da fusão entre a Drogaria São Paulo e Pacheco, que aparece na segunda colocação. A Pague Menos teve o terceiro maior faturamento do ano, segundo a Abrafarma.

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