O dólar ampliou o ritmo de alta contra o real e subiu a R$ 5,7324 na máxima do dia, maior nível intradiário desde dezembro de 2021. O exterior contribui para a depreciação observada no câmbio doméstico, diante de dados abaixo do esperado dos Estados Unidos, que fortificaram a sensação de uma desaceleração mais intensa da economia americana. O índice de atividade do setor industrial de julho, medido pelo ISM, ficou bem abaixo do esperado e se manteve em terreno contracionista, ao mesmo tempo em que os pedidos de seguro-desemprego mostraram aumento.
Por volta de 14h15, o dólar era negociado a R$ 5,7289, em alta de 1,32% no mercado à vista. No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, subia 0,26%, para 104,372 pontos.
Além do exterior, o mercado doméstico ainda reage à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que foi lida por muitos agentes como mais “dovish” que o precificado anteriormente nos mercados. Na avaliação da estrategista Andrea Kiguel, do Barclays, o mercado deve continuar a pressionar por elevações nos juros no ambiente atual. Nesse sentido, o real “deve continuar a ter um desempenho inferior nesse ambiente, já que as autoridades precisam entregar resultados na frente fiscal e monetária para que a confiança seja restaurada”.
*com informações do globo.com