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PL DAS DÍVIDAS DOS ESTADOS: HADDAD ALMEJA CONCLUSÃO ANTES DO RECESSO PARLAMENTAR

Hugo Leite - 03/07/2024 15:47 - Atualizado 03/07/2024

Um projeto de lei complementar que possibilita a repactuação das dívidas de estados e municípios com a União, impulsionado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá ter suas negociações finalizadas nas próximas duas semanas. É esperado que o projeto seja encaminhado ao Congresso Nacional antes do início do recesso parlamentar, no próximo dia 18.

Durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho da Federação, colegiado formado por representantes dos governos federal, estadual e municipal que acontece nesta quarta-feira (3) no Palácio do Planalto, em Brasília, Haddad revelou o andamento do projeto: “Estamos negociando os detalhes de como isso deve acontecer”.

“Já tivemos alguns avanços, mas não quero anunciar nada aqui porque ainda há pendências que as negociações vão [nos ajudar a] superar. E o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco [PSD-MG] está nos ajudando a equacionar estas pendências para que o projeto de lei complementar de repactuação possa ser apresentado e aprovado ainda antes do recesso de julho”, afirmou, destacando que “a resolução da questão interessa” ao governo federal.

“Já são nove anos sem repactuação. E a judicialização cresce. E a inviabilidade de estados e municípios vai ficando evidente à luz dos acontecimentos”, comentou o ministro, destacando que, desde o ano passado, o Tesouro Nacional vem negociando com vários governadores.

“Isso acaba desorganizando muito a federação, pois os acordos eram assinados para serem descumpridos dois ou três anos depois”, continuou Haddad, lembrando que a última vez que o governo federal renegociou contratos de refinanciamento de dívidas de estados e municípios com a União foi em 2015.

“Isso nos conduziu a alguns princípios em torno da questão dos juros […] A ideia é criar um mecanismo de redução da taxa de juros mediante algumas condições e o esboço do projeto de resolução busca estabelecer as premissas para a renegociação.”

Haddad elencou as quatro premissas: busca pela equidade com a concessão de benefícios para todas as unidades federativas; concessão de descontos sobre os juros das dívidas; a criação de um fundo de equalização temporária, composto com parte dos recursos economizados com o pagamento dos serviços das dívidas; além da definição de uma contrapartida dos estados para manutenção de descontos sobre juros das dívidas e acessos aos fundos de equalização temporária.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.

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