O governo federal anunciou, nesta segunda-feira, 1º de julho, o investimento de R$ 1,9 bilhão para a expansão e consolidação da educação superior no estado da Bahia. O aporte diz respeito a melhorias e novas construções em institutos federais, universidades e hospitais universitários. O Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, ao lado do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou a pedra fundamental do novo campus do Instituto Federal Baiano (IF Baiano), no município Santo Estêvão, e assinou os termos de repasse.
“Já fizemos o plantio e agora estamos na época da colheita de tudo o que foi planejado por nós”, anunciou o Presidente Lula. “Passamos um ano estudando e preparando esse projeto, porque é disso que o Brasil precisa. O País não pode parar, e nós precisamos continuar com os investimentos em todas as áreas da educação para garantir que a população brasileira, principalmente aquela com menos condições, tenha acesso ao estudo, ao aprendizado e, consequentemente, à melhora da própria realidade”, afirmou.
O País não pode parar, e nós precisamos continuar com os investimentos em todas as áreas da educação para garantir que a população brasileira, principalmente aquela com menos condições, tenha acesso ao estudo, ao aprendizado e, consequentemente, à melhora da própria realidade.” Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Investimentos – Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o governo federal investirá, em expansão e consolidação, na Bahia, R$ 478,3 milhões para as universidades federais e R$ 249,3 milhões para os institutos federais. Os repasses contemplarão a construção de novos hospitais universitários e de novos campi de universidades e institutos federais, bem como a consolidação das instituições federais existentes.
Além disso, o estado receberá R$ 1,18 bilhão de aporte do Novo PAC para a educação básica. Isso vai custear creches (R$ 341,9 milhões em 94 municípios); escolas de tempo integral (R$ 722,8 milhões em 56 municípios); e ônibus escolares (R$ 113,8 milhões em 244 municípios).
Universidades federais – Os recursos beneficiarão a Universidade Federal da Bahia (UFBA); a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); e o recém-anunciado campus universitário em Jequié, com vinculação a definir. O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) e a Maternidade Climério de Oliveira (MCO), complexo de saúde da UFBA, também recebem recursos com vistas à reforma e à ampliação.
Ao todo, a fim de consolidar as universidades federais da Bahia, serão destinados R$ 165,2 milhões. Além disso, serão repassados ao estado R$ 60 milhões para a expansão das universidades e outros R$ 253,1 milhões para hospitais universitários. Parte desse montante, R$ 120 milhões, refere-se ao valor oriundo de articulação entre o governo da Bahia, o município Paulo Afonso e a União para a construção das novas instalações do Hospital Nair Alves de Souza.
Institutos federais – Dos 100 novos institutos federais que serão financiados pelo Novo PAC, oito serão localizados na Bahia: Santo Estêvão (IF Baiano); Ribeira do Pombal (IF Baiano); Itabuna (IFBA); Macaúbas (IFBA); Poções (IFBA); Salvador (IFBA); Ruy Barbosa (IF Baiano); e Remanso (IF Baiano).
A meta é alcançar 11,2 mil vagas de educação profissional e tecnológica no estado, com investimento de R$ 200 milhões para construção dessas unidades. Cada campus tem investimento estimado de R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para infraestrutura e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos e mobiliário. Cada unidade terá capacidade de atender, em média, 1.400 estudantes, majoritariamente em cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Ademais, até 2026, R$ 24,8 milhões serão destinados à consolidação dos campi dos institutos federais baianos já existentes, prioritariamente daqueles que ainda não têm infraestrutura completa (restaurantes estudantis, bibliotecas, salas, laboratórios e quadras esportivas). Com esse objetivo, o Ministério da Educação (MEC) já repassou, em 2023, R$ 15,3 milhões voltados a reformas, ampliações e aquisição de equipamentos e mobiliários para diversas unidades e, no primeiro semestre deste ano, outros R$ 9,2 milhões para retomada de obras paralisadas.
foto: MEC/divulgação