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ECONOMIA DE SALVADOR CRESCE 2% PUXADA PELO TRANSPORTE PÚBLICO

Matheus Souza - 27/06/2024 19:00

A economia de Salvador cresceu 16,8% em abril passado comparado ao mesmo mês de 2023 e 1,8% sobre março, segundo o Governo da Bahia. As informações são do Índice de Movimentação Econômica da capital baiana (IMEC-SSA), calculado mensalmente pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) indicando o comportamento dos principais setores produtivos, a partir de parâmetros específicos.

De acordo com a instituição, o resultado é positivo em todos os períodos analisados. No primeiro quadrimestre deste ano, o indicador avançou 15,5% em relação a janeiro a abril de 2023. Nos últimos 12 meses, o crescimento chega a 8,3%. Na passagem de março para abril, cinco das seis variáveis que compõem o índice puxaram o resultado para cima, com destaque para passageiros de ônibus urbanos (14,2%), que apresentou a variação positiva mais expressiva.

Em seguida, aparecem combustíveis (6%), passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (3%), consumo de energia elétrica (1,2%) e carga portuária (0,5%). Já o número de passageiros de ônibus intermunicipais foi o único segmento com desempenho negativo (-12,4%).

O IMEC-SSA de abril reforça a percepção de melhoria na economia de Salvador. Esse movimento é confirmado por outros estudos recentes como a análise estadual produzida pela SEI a partir da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A compilação produzida pela superintendência mostra que, apesar da retração na passagem de março para abril (1,2%), o varejo segue firme e forte no mercado estadual, o que impacta grandes centros do comércio e serviços, como Salvador e Feira de Santana.

As vendas do setor cresceram 7,8% em abril comparado ao mesmo mês de 2023. No primeiro quadrimestre, a alta acumulada é de 10,5%.

O resultado de abril do comércio baiano foi o sexto melhor entre as áreas pesquisadas pelo IBGE e superou com folga a média nacional (2,2%). Foi o 18º mês consecutivo de incremento nos negócios do comércio da Bahia, no comparativo anual.

A manutenção dessa curva, pelo equivalente a 1,5 ano, mostra uma reação sustentada do segmento no estado e uma performance superior a do país. No acumulado janeiro/abril de 2024, por exemplo, a taxa de crescimento no varejo baiano foi mais que o dobro da nacional (4,9%).

Essa reação é resultado de uma soma de fatores, como a redução da taxa de juros, o aumento real (3%) do salário mínimo e a queda do desemprego na região metropolitana da capital baiana, que chegou a liderar, junto com Recife (PE), as estatísticas nacionais de desempregados.

A queda na inadimplência, do endividamento e do número de negativados proporcionada pelo programa federal de renegociação de dívidas – o Desenrola Brasil – também vem dando uma contribuição fundamental para esse panorama.

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