A greve dos professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) chegou ao fim. Os docentes presentes na Reitoria da Ufba decidiram encerrar a paralisação, que durava 58 dias, após assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 26.
A votação foi praticamente unânime, com dois votos contrários e uma abstenção. A proposta de reajuste apresentada pelo governo Lula e aprovada pelos educadores aumenta o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1000, com reajuste salarial de 9% para 2025 e 3,5% para 2026, além de outras melhorias na carreira.
Clarissa Paradis, Presidente do Sindicato dos Professores das Instituições de Ensino Federais da Bahia (Apub), mostrou insatisfação com a proposta, que acredita estar abaixo do desejado.
“Toda negociação a gente coloca tudo que a gente quer e vai no processo de negociação tentando ganhar o máximo que podemos. Mas estamos num contexto adverso, que o governo também tem dificuldade de bancar as suas políticas públicas dentro de um orçamento muito disputado com o legislativo. Entendemos que a luta pela universidade pública, pela valorização dos seus profissionais, ela é constante”, pontua a presidente.
Ao todo, mais de 50 universidades federais espalhadas pelo Brasil decretaram greve. A greve dos professores da Ufba começou em 29 de abril, quando os docentes decidiram paralisar suas atividades para pressionar por melhores condições salariais e de infraestrutura e realizaram diversas assembleias, marchas e encontros em protesto.
Foto: Divulgação/UFBA.