Proporcionar um melhor cuidado farmacêutico para pacientes no internamento é o propósito de uma ferramenta desenvolvida no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA), vinculado à Ebserh. O trabalho científico, único na Rede Ebserh, foi idealizado pela então residente multiprofissional Lílian Liciane Silva com orientação da professora Lúcia de Araújo e apoio do Setor de Farmácia Clínica (SFH) do hospital universitário.
O estudo “Estruturação e validação de escore de risco para avaliar o nível de cuidado farmacêutico aos pacientes internados em um hospital de Salvador” teve como proposta desenvolver e validar um escore para identificar o nível de cuidado farmacêutico, norteando os profissionais, identificando, por exemplo, a necessidade de acompanhamento mais intensivo.
“O trabalho objetivou desenvolver e validar um escore para identificar o nível de cuidado farmacêutico que será prestado a pacientes internados no Hupes, de forma que fosse uma ferramenta útil e aplicável na prática clínica farmacêutica servindo como um norteador do cuidado, garantindo mais segurança a pacientes e qualidade nos atendimentos”, disse. Lílian Liciane explicou ainda que o escore permite que esse profissional ofereça uma atenção proporcional às necessidades do paciente.
O processo de criação do escore ocorreu entre janeiro de 2022 e junho de 2023. Através de formulários (com perguntas rápidas e objetivas que geram uma pontuação), se pode fazer uma classificação do nível de cuidado do(a) paciente, se é básico, intermediário ou intensivo. “Fizemos um teste piloto com pacientes do Hupes, que é um serviço hospitalar e ambulatorial de grande porte, mas o método ainda não está sendo usado pelos(as) farmacêuticos(as). A previsão é que comecem a utilizar no cotidiano de trabalho”, informou.
O SFH do Hupes dispõe de uma Unidade de Farmácia Clínica (UFC) com nove profissionais de farmácia responsáveis pelos serviços clínicos nas enfermarias do hospital, que envolvem acompanhamento farmacoterapêutico, conciliação medicamentosa e revisão da farmacoterapia.