Enquanto, na Bahia, a formalização caiu entre os trabalhadores por conta própria, o movimento foi inverso entre a pessoas que atuavam como empregadoras (ou seja, tinham ao menos um/a empregado/a que não fosse doméstico/a). De 2022 para 2023, aumentou proporção das que, entre essas, tinham CNPJ. No ano passado, dos 224 mil empregadores da Bahia (que representavam só 3,7% de todas as pessoas ocupadas no estado), 158 mil tinham registro no CNPJ, o que significava 70,4% do total, indicando que 29,6% (3 em cada 10) estavam na informalidade. Em 2022, a proporção de empregadores formais era 65,1% (113 mil de 174 mil), ou seja, a informalidade atingia 34,9% do total.
No Brasil como um todo, a taxa de formalização entre os empregadores se manteve estável, em 80,9%, entre 2022 e 2023. Dentre os 27 estados, 17 tiveram aumento da formalidade entre os empregadores, liderados por Amapá (de 64,4% para 82,8%), Acre (de 64,0% para 75,3%) e Amazonas (de 59,9% para 68,6%). O crescimento, em pontos percentuais, da taxa na Bahia foi o 5o mais intenso.
Com o avanço na taxa de formalização dos empregadores, a Bahia subiu três posições no ranking nacional para esse indicador: da 20a para 17a posição, entre 2022 e 2023. Ainda assim, ficava bem longe dos líderes: Santa Catarina (91,4% dos empregadores com CNPJ), São Paulo (87,9%) e Distrito Federal (86,0%). Entre os empregadores baianos, a formalização também foi maior para as mulheres em 10 dos 11 anos da série histórica disponível – a única exceção ocorreu em 2015. Em 2023, no estado, quase 8 em cada 10 mulheres empregadoras tinham registro no CNPJ (78,1%), enquanto a proporção masculina era de 68,2%.
Além disso, o avanço da formalização também foi mais intenso entre elas. Em 2022, 67,6% das mulheres empregadoras baianas tinham registro no CNPJ, logo o crescimento da taxa de formalização foi de 10,5 pontos percentuais em um ano, frente a uma alta de 3,8 pontos percentuais para os homens (64,4% eram formalizados em 2022). No país como um todo, em 2023, as mulheres empregadoras também tinham maior taxa de formalização do que os homens (84,6% e 79,3%, respectivamente). Frente a 2022, houve avanço entre elas (era 84,0%) e leve recuo entre eles (era 79,5%).
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