O PT está dividido quanto ao apoio pré-candidato à prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), que também é vice-governador. Militantes petistas se reuniram nesta segunda-feira (17), com o pré-candidato do PSOL, Kleber Rosa, e anunciaram apoio ao socialista.
Mesmo a executiva nacional do PT formalizando o apoio a Geraldo Júnior, Cristiano Cabral, filiado ao PT desde 1990, classificou como “autoritária” a decisão do partido de apoiar o vice-governador.
“(Geraldo Júnior) foi uma pré-candidatura totalmente imposta. De cima pra baixo. Geraldo Júnior não é uma pré-candidatura do PT. É uma pré-candidatura do MDB. Não nos representa. É um preposto burguês. Uma campanha que tem uma linha política neoliberal. Portanto, decidimos que vamos marchar com Kleber Rosa e Dona Mira, pois possuem trajetórias de vida mais condizentes com as pautas da esquerda”, frisou Cristiano Cabral.
A situação foi minimizada pelo vice-governador durante entrevista à rádio BandNews Salvador, nesta terça-feira (18). “As pessoas são livres para escolher, mas tenho certeza que naquela reunião não havia nenhuma liderança política do processo, nenhum dirigente partidário”, pontuou.
Uma das causas da falta de adesão a pré-candidatura de Geraldo Jr. é o seu posicionamento político, que já se mostrou distante das pautas da esquerda em algumas ocasiões. O vice-governador assumiu que, em 2018, votou em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais e classificou a discussão sobre o impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff como uma “perda de tempo”.
Foto: Divulgação.