O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -107 pontos em maio numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da quarta pontuação abaixo de zero seguida e do menor patamar desde abril de 2023 (-126 pontos).
No mês, a confiança regrediu tanto em relação a abril (quando o indicador marcou -87 pontos) quanto em comparação a maio de 2023 (registro de -70 pontos). Em comparação ao mês imediatamente antecedente, o recuo foi de 20 pontos – emendando, assim, o segundo retrocesso em sequência. Quanto ao registrado um ano antes, a queda foi de 37 pontos, o primeiro encolhimento após seis variações positivas seguidas nessa base comparativa.
Dessa forma, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, integrante técnico da SEI, “ao confirmar um segundo recuo consecutivo, o ICEB passa a sinalizar, de forma um pouco mais robusta, um movimento de deterioração da confiança” – ainda mais porque, segundo Lobo, “ao longo dos cinco primeiros meses do ano, as quedas foram de magnitude maior do que as altas e a oscilação líquida do referido indicador resultou notadamente negativa no intervalo de janeiro a maio”.
No que se refere aos setores, a retração do nível de confiança de abril a maio não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em um dos quatro grupamentos (Comércio, no caso). A queda em relação a maio do ano passado também repercutiu em três dos quatro segmentos (os de Agropecuária, Indústria e Serviços). Ao final, em maio, nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -30 pontos; Indústria, -128 pontos; Serviços, -123 pontos; e Comércio, -54 pontos. Enquanto o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pela terceira vez consecutiva, a atividade de Indústria registrou o menor nível de confiança.
Além do mais, do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, situação financeira e capacidade produtiva foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, PIB nacional e vendas apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.
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