A área de ESG está cada vez mais sendo destaque no mundo dos empregos e negócios. Segundo reportagem do Jornal Correio especialistas de recrutamento alegam que faltam profissionais qualificados para preencher as oportunidades. Em alguns casos, os processos precisam ser encerrados antes do tempo devido ao baixo número de pessoas que pleiteiam os cargos.
“É uma área em expansão, que tem demandado muitos profissionais. Acredito que muitos deles, que pensam em atuar na área, estão se capacitando e, neste momento, não estão aptos para atuar. As empresas têm exigido experiência, mas por se tratar de uma área relativamente nova, muitos não vão ter”, diz Head de Gente & Gestão e ESG, Carlos Monteiro.
Há uma gama de oportunidades para atuar em ESG e não precisa de uma formação superior específica para isso, mas alguns profissionais saem na frente, como os advogados, que podem se especializar em Compliance, que integra a área de Governança. Já os engenheiros ambientais podem ser dar melhor na área de Sustentabilidade. Os com formação em Recursos Humanos, por sua vez, em Responsabilidade Social.
“A dica que trago é a seguinte: se você quer ir para área de Governança, como eu fui, comece a fazer cursos sobre isso, participe de palestras, debates e rodas de conversa. Seja ativo no LinkedIn e adicione pessoas da área, que já estão atuando. Analise o histórico curricular deles e siga os mesmos passos. Depois, é só aplicar as vagas, um bom currículo, faz a diferença”, diz o advogado e analista de Compliance Sênior, Alberto Cerqueira.
“Claro, que durante esse processo de capacitação, você vai conhecer pessoas e vai fazer networking, naturalmente, as propostas vão começar a surgir. Outro ponto importante é nunca deixa de se capacitar, continue a jornada para que melhores estar preparado para melhores propostas”, completa o profissional.
A maioria das oportunidades está na área da sustentabilidade, já que muitas empresas demandam profissionais capazes de ajudá-los a pensar e tocar iniciativas de transição para uma economia de baixo carbono. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que, até 2030, 24 milhões de novos empregos verdes vão surgir em todo o mundo.
Carol Maia, engenheira elétrica formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), atua como analista em ESG em uma empresa da Alemanha desde 2019. Ainda durante sua formação acadêmicas, participou de grupos de pesquisas na área de transição energética. Já com o canudo em mãos, decidiu a aprofundar o conhecimento.
“Eu sinto que as pessoas ainda ficam perdidas e não sabem muito bem como ingressar na área, mas não tem muito segredo. Eu já contava com uma experiência acadêmica e isso já era um ponto bastante positivo, mas também fui atrás de outras formações. Muitos dos cursos que fiz eram pagos, mas outros de graça”, conta Carol.
Crédito: Pixbay