Os investidores tiveram motivos para festejar com o rendimento das ações da Petrobras (PETR3, PETR4) em um passado recente. No ano de 2022, a empresa foi a que mais distribuiu proventos no mundo, com DY (com rendimento de uma ação apenas com dividendos) de 58,84%. Já no ano passado a margem foi de 29,58%, ainda no patamar das maiores pagadoras da Bolsa.
Nos últimos cinco anos, a ação preferencial da Petrobras (PETR4) gerou retorno de 362% a quem reinvestiu os dividendos no papel. O número, levantado pela XP, mostra a importância do reinvestimento na estratégia de dividendos. Quando os proventos não foram reinvestidos, o retorno foi significativo, mas menor: 51%.
Com a saída de Jean Paul Prates do comando da estatal, as expectativas também tomam outro rumo quanto aos dividendos, variando entre otimismo, neutralidade e pessimismo. “Percebo que boa parte do mercado já aceita a ideia de que não teremos a distribuição recorrente desses dividendos extraordinários que tanto alegraram os investidores por um bom tempo”, pontua Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.
Apesar da ponderação, Lima continua confiante: “mesmo sem os dividendos extraordinários, segue atraente para os investidores focados no longo prazo”.
A analista da Nova Futura Investimentos, Bruna Sene, é cautelosa quanto ao momento da empresa petrolífera, que aguarda a posse de Magda Chambriard. “Isso ainda está em aberto. Ela ainda precisa passar pelo conselho e as primeiras falas dela devem nos trazer mais informações”, afirma.
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