Segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, em março, 1.062.696 micros e pequenos negócios (MPEs) estavam com as contas atrasadas no Nordeste. A Bahia foi a Unidade Federativa (UF) com o maior número de registros (304.381).
Na visão nacional, em março, 6,3 milhões de Micro e Pequenas Empresas foram alcançadas pela inadimplência, número que se mantém em estabilidade desde dezembro de 2023. O segmento com o maior número de negócios no vermelho foi o de “Serviços”, que representou 54,2% do total. “Comércio” também teve uma participação significativa, equivalendo a 37,8%. Em seguida, estava a “Indústria” (7,7%) e a categoria “Demais” (0,4%), que contempla os segmentos “Primários”, “Financeiros” e “Terceiro Setor”.
“Os empreendimentos de portes menores são mais suscetíveis à inadimplência. Isso porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras reduzidas para arcar com emergências. Além disso, essas empresas também contam com muitos empreendedores de primeira viagem, que ainda não possuem um quadro financeiro totalmente estável dentro do mercado e acabam se endividando. Dessa forma, entendemos que cultivar o controle econômico é fundamental para os donos de negócios e que, para isso, é necessário adequar-se de tempos em tempos, utilizando boas estratégias de planejamento, educação financeira e renegociação de dívidas, quando for o caso”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
As dívidas negativadas somaram R$ 115 bilhões e o ticket médio de cada débito foi estimado em R$ 2.635,3. Em média, cada pequeno negócio possuía 6,9 contas atrasadas. A maior parte das MPEs com CNPJs negativados eram do Sudeste (52,4%) e, a menor parcela, do Norte (5,5%).
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