Nesta sexta-feira (10), foi iniciado atendimento no ‘Mutirão de Dor Lombar’, uma iniciativa da Clínica IBIS, em parceria com a Faculdade ZARNS de Medicina, com objetivo de facilitar o diagnóstico precoce e o tratamento da espondilite anquilosante.
A doença é autoimune, sem cura e pouco conhecida. Ela afeta principalmente a coluna vertebral. Andreia começou a sentir as primeiras dores há dois anos, fez diversos exames e descobriu que tem duas hérnias de disco. A auxiliar de cozinha buscou ajuda porque não conseguia consulta com especialistas e se sentia imobilizada por causa da dor.
“São pacientes que passam por vários especialistas e que não conseguem diagnosticar, porque é uma doença rara, mas os reumatologistas conseguem fazer o diagnóstico. O mutirão é para acolher esses pacientes que estão com a dor lombar de longas datas, diagnosticar e fazer o acompanhamento. É uma doença autoimune, tem fatores genéticos e ambientais, não se sabe a causa ao certo”, afirmou a reumatologista.
As principais vítimas são homens e jovens. Ela causa dor lombar e pode acometer outras regiões como inchaço nos tornozelos, na planta dos pés e causar inflamação nos olhos. O diagnóstico da espondilite anquilosante pode ser desafiador e muitas vezes requer uma combinação de histórico clínico e familiar, exames físicos e de imagens, como radiografias e ressonância magnética, e testes laboratoriais.
O tratamento é realizado com medicamentos feitos utilizando o que há de mais avançado em biotecnologia e que agem especificamente nas substâncias responsáveis pela inflamação. São chamadas terapias biológicas. O reumatologista da IBIS, Dr. Rafael Carvalho, explica que a efetividade do tratamento está diretamente relacionada ao tempo de acometimento pela doença.
Na fase avançada a doença provoca a redução do movimento da coluna vertebral, desde a região lombar, podendo afetar até a cervical. O indivíduo pode ter um grande impacto nas atividades do dia-a-dia, como dificuldade para pegar um objeto no chão ou entrar e sair de um carro, por exemplo. O Maio Roxo promove a conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), Lúpus, Fibromialgia, entre outras. O mutirão fez cerca de 100 atendimentos.
FOTO: Arisson Marinho/CORREIO