Segundo dados da Wall Jobs, 28% dos estagiários no Brasil estão felizes no trabalho. Foram mais de 2 mil aspirantes ouvidos em todo o Brasil pela plataforma de gestão de contratos de estágio. Carlos Moreira, 27 anos, está no penúltimo semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), durante sua formação acadêmica teve a oportunidade de estagiar em mais de um escritório de arquitetura, mas foi no seu último que ele se encontrou. Há, inclusive, a promessa de contratação ao término da faculdade, caso não haja mais nenhum atraso na grade curricular.
“Sempre presei por ser uma pessoa humildade. Em todos os meus estágios, se não sabia, perguntava, me empenhava em aprender aquilo que não via na universidade. Nesse meu último estágio, tive a sorte de ter coordenadores que torcem pelo meu sucesso, sem me ver como um potencial concorrente. Estar em uma empresa que te apoia é fundamental para o sucesso”, diz o jovem.
A maioria dos otimistas da pesquisa, 30% do total, estão contentes com as oportunidades de aprendizado e desenvolvimento pessoal. Outros 28% se sentem bem no ambiente de trabalho, descrito como acolhedor e colaborativo. A outra fatia (15%), por sua vez, acreditam que seus horários flexíveis são uma vantagem. Aqueles que não se sentam bem e que desejam sair representam 9% dos estagiários ouvidos. Aos entrevistadores eles disseram que não querem ficar na empresa porque não estão satisfeitos com a posição atual (6%) ou porque não se identificam com o ambiente e cultura da corporação (3%).
Mais alguns desafios sugerem durante a formação de qualquer profissional e, no caso dos estagiários, os que mais lhe afetam são a falta de perspectiva de crescimento ou contratação (7,8%), remuneração e benefícios insuficientes (7,2%) e sobrecarga de tarefa e responsabilidades. Foram citados ainda ausência de suporte de orientação (3,9%) e falta de feedback e reconhecimento do trabalho (3%). “Muitas empresas podem acreditar que estão fazendo um favor de contribuir para as carreiras dos estagiários, na verdade, elas têm mais que a obrigação de ajudar na formação de novos profissionais. Bons líderes formarão mais que bons colegas de profissão, formaram também excelentes pessoas”, opina o orientador de Carreiras Júlio Carrão.
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