A melhora da economia, que fechou 2023 com crescimento de 2,9% do PIB, e a desaceleração do desemprego e dos preços, com deflação dos alimentos em domicílio, vem impactando positivamente o consumo. Reflexo deste movimento é o incremento constante das vendas unitárias em supermercados e atacarejos puxando o faturamento do setor. De acordo com a Scanntech, empresa líder em inteligência de dados para o varejo alimentar, o crescimento do faturamento saltou de 4,2% em janeiro, para 6,6% em fevereiro, atingindo 9,9% em março, maior crescimento desde abril de 2023.
Em termos de unidades vendidas, que registrou crescimento de 3,4% em março, houve uma aceleração em relação ao crescimento médio dos dois primeiros meses do ano, de 2,2%. No mês de março, o crescimento das vendas unitárias somado à alta de 5,5% nos preços, resultaram nessa forte alta do faturamento.
Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech, atribui esse crescimento do varejo alimentar a uma série de fatores, incluindo a redução da taxa de desemprego e a desaceleração da inflação, como dito anteriormente, que impactam diretamente no avanço do poder de compra da população. “Diante desse cenário, o consumo é beneficiado, impactando positivamente em um importante setor da economia brasileira”, diz.
A análise dos diferentes canais varejistas realizada pela Scanntech, observou ainda um crescimento nos estabelecimentos com mais de 10 PDVs, que registraram um aumento de 2,2% nas vendas de unidades. E não é somente nestes varejistas que vemos avanço. Com exceção dos menores (com até 2 PDVs) que tiveram retração de 0,1%, os de 5 a 9 caixas e os atacarejos cresceram na venda de unidades em 2,5%.
Foto: Tania Rego – Agência Brasil