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INDUSTRIAIS BAIANOS CONHECEM A NOVA POLÍTICA INDUSTRIAL DO GOVERNO FEDERAL

João Paulo - 23/04/2024 15:00

O secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Uallace Moreira, fez uma apresentação, nesta segunda-feira, 22.04, em Salvador sobre a Nova Indústria Brasil. Ao lado do presidente Carlos Henrique Passos e dos secretários Angelo Almeida (SDE) e Davidson Magalhães (Setre), ele falou a uma plateia de empresários, atendendo a convite da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) para apresentar as linhas gerais da política do governo federal para alavancar o setor industrial.

A palestra de Uallace Moreira foi precedida de uma reunião em que se discutiu políticas nacionais e estaduais para o setor de gás natural. A reunião contou com a participação de representantes de setores da indústria mais severamente penalizados pelo custo elevado do gás natural na Bahia, dos secretários estaduais Angelo Almeida e Davidson Magalhães, além do diretor presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, representando a Secretaria de Infraestrutura e o superintendente da Secretaria de Planejamento, Ranieri Muricy Barreto.

Juntamente com representantes da diretoria e da superintendência da FIEB, a proposta da reunião foi discutir a necessidade de se criar condições de competitividade para setores importantes da economia baiana, como as indústrias Química e Petroquímica, a partir da redução do preço do gás natural. O presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos explicou que a reunião foi resultado de um trabalho que envolveu vários atores, coo FIEB, Cimatec e indústrias, como a Braskem e a Unigel, no sentido de se buscar uma solução para a questão do gás na Bahia. Ele se disse esperançoso de um futuro melhor em relação à questão do gás natural.

Passos destacou também a importância da presença do secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na Bahia e a relevância do trabalho que o vice-presidente Geraldo Alckmin vem realizando à frente do MDIC para assegurar a retomada do crescimento da indústria nacional. “O secretário nos traz informações para nos ajudar a compreender melhor o sentido desta nova política industrial”, declarou, acrescentando que na última sexta-feira, a FIEB também teve a oportunidade de conhecer de perto as propostas do BNDES na retomada do seu papel de agente financiador voltado para a indústria e a inovação.

DESAFIOS

Uallace Moreira iniciou sua apresentação destacando o desafio que está posto para alavancar a retomada do crescimento industrial do país. “A gente enfrenta um momento muito peculiar na economia mundial, em que condições de competitividade são díspares, quando se considera todo o processo de desindustrialização que a economia brasileira passou e pelo desmonte das políticas públicas”, ressaltou.

O secretário fez uma apresentação do plano de neoindustrialização do governo federal, focado em duas dimensões: a inovação e a sustentabilidade. Ele lembrou que organizações como FMI, OCDE têm publicado estudos reconhecendo o papel estratégico que as políticas industriais passaram a ter em todo o mundo e ponderou que muitas delas trazem medidas que são muito criticadas no Brasil.

Na avaliação do secretário Uallace Moreira, “só é possível explorar novas oportunidades se houver capacidades internas construídas, que permitam internalizar e absorver conhecimentos e transferir tecnologia, fazendo inovação”. Neste sentido, ele aponta a transição energética como uma das maiores oportunidades que o Brasil tem e alertou para a necessidade de se estabelecer em paralelo as cadeiras produtivas para agregar valor a este processo.

O entendimento é de que retomar o protagonismo da indústria no Brasil é utilizá-la como um vetor de desenvolvimento econômico para gerar distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida da população.

Na Nova Indústria Brasil a proposta é trabalhar com missões vinculadas ao Novo PAC e a programa de Transformação Ecológica. A proposta de governança envolve o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que foi recomposto no atual governo com a participação dos ministérios e da sociedade civil.

O CNDI deverá atuar nesta Nova Política Industrial com seis missões, consideradas as metodologias mais avançada para a implementação das ações. A ideia é fortalecer cadeias produtivas que geram emprego e renda, o complexo industrial na área da saúde, a infraestrutura, a inovação e a descarbonização e tecnologias de interesse nacional.

PRINCIPAIS MISSÕES DO CNDI

Missão 1: Cadeias Agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética

Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir vulnerabilidade do SUS e ampliar o acesso à saúde

Missão 3: Infraestrutura, saneamento e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades

Missão 4: Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade

Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as gerações futuras

Missão 6: Tecnologias de interesse para a soberania nacional

 

Foto: Wilson Sabadin/Coperphoto/Sistema FIEB

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