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DEPUTADO ROBINSON ANUNCIA INGRESSO DE ADI CONTRA ESPIGÕES NO RIO VERMELHO; “IMPEDIR CRIME AMBIENTAL”

João Paulo - 13/04/2024 10:00 - Atualizado 13/04/2024

Na Sessão Plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (10), o deputado estadual Robinson Almeida informou que os partidos PT, PC Do B, PSB e PSOL ingressaram no Tribunal de Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a construção de espigões na praia do Buracão, no Rio Vermelho.

A medida cautelar, segundo o parlamentar, aponta violação à Lei do Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (LOUOS) e ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador.  Entre os princípios desrespeitados estão o da prevenção, da precaução e da proibição do retrocesso ambiental. A Ação também aponta ausência de estudos técnicos e vicio do dispositivo que possibilita a flexibilização do sombreamento das praias.

O documento requer a citação da Câmara de Salvador bem como à prefeitura para que as informações sejam apresentadas. A ADI é um dos desdobramentos da audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa no final de 2023, proposta pelo deputado Robinson Almeida. A liberação do gabarito na Praia de Buracão é alvo de criticas da Associação de Moradores, de ambientalistas e mesmo de artistas, como Regina Casé e Preta Gil. “Nós entramos ontem na justiça  com uma ADI para impedir  mais esse crime ambiental  em Salvador”, enfatizou o deputado.

“Um jabuti aprovado na Câmara de Vereadores permite que especuladores compre áreas degradadas  para que depois a lei permita que  ele não se submeta as diretrizes do plano diretor e da Lous, que estabelece limites de construção. Então leva uma vantagem a partir desse dispositivo aquele especulador  que compra uma área “degradada” porque o limite construtivo dele é maior do que se essa área  estivesse intacta para construção.  Isso é um absurdo”, criticou Robinson Almeida.

O parlamentar também voltou a falar da preocupação com o sombreamento da Praia do Buracão, caso haja a construção dos três espigões de 18 andares cada. “Não podemos permitir sombreamento na praia do Rio Vermelho, é um cartão postal de Salvador, precisa ser defendido e protegido e não degradado como quer o prefeito”, concluiu o deputado.

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