O marqueteiro João Santana, que já trabalhou para o Presidente Lula, foi advertido sobre a possibilidade de cancelamento de sua delação premiada, por descumprimento do acordo, em determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
João não estaria prestando serviços à comunidade, conforme obrigação da delação premiada, que prevê 264 horas de prestação. O fato foi relatado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em março.
Ele também não se manifestou sobre a intimação da 12ª Vara Federal de Curitiba para agendamento de entrevista, com o intuito de chamar atenção sobre as consequências do descumprimento do acordo.
O ministro Fachin solicitou ao juízo a prestação trimestral de informações sobre o comportamento do delator e de sua cônjuge, ante as sanções.
De acordo com apuração do site Valor Econômico, a esposa do marqueteiro, Mônica Moura, também está cumprindo acordo de delação, mas já iniciou a prestação de serviços à comunidade. “Infere-se, até o momento, o cumprimento regular da execução penal de Mônica Moura”, explica a PGR.
João trabalhou no marketing das campanhas vitoriosas dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014). A condenação dele no cenário da Operação Lava-Jato foi anulada pela Corte.
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