A PetroReconcavo e a 3R Petroleum, duas empresas que operam na Bahia na área de petróleo e gás, estavam em negociação para uma fusão. (Veja aqui).
Estava tudo certo, mas a PetroReconcavo queria mudanças na proporção de ações e uma discussão sobre a estrutura de cisão proposta e bancos foram contratados para fechar o negócio, mas não se pediu exclusividade nas negociações.
De repente, no primeiro dia do mês de abril, uma outra empresa, a Enauta,A Enauta empresa na área de produção de petróleo e gás, com sede no Rio de Janeiro e mais de 20 anos de atuação no país, faz uma proposta para se fundir com a 3R atropelando os planos da PetroRecôncavo e pedindo exclusividade por 30 dias, para que a diretoria da 3R se dedique à sua proposta. A 3R topou e comunicou a PetroReconcavo acerca da proposta recebida.
Mas nem tudo está perdido. A Enauta diz na proposta que a realização dessa combinação (com a 3R) não inviabiliza novas transações com outras empresas do setor, capazes de acelerar a criação de valor a todos os acionistas.
“Uma eventual combinação de negócios entre a Enauta e a 3R Petroleum vai resultar em uma empresa de petróleo capaz de atuar como consolidadora do mercado de óleo e gás, com portfólio diversificado e percepção mais diferenciada de riscos, afirmou o presidente da Enauta, Décio Oddone, nesta terça-feira (2) ao jornal Valor Econômico.
Segundo ele, a fusão, se avançar, torna a futura petroleira capaz de atuar na busca de outras aquisições, incluindo a própria PetroReconcavo, e outras que eventualmente sejam tidas como potenciais alvo de compras.
Mas nessa situação a PetroReconcavo ficaria mais diluída ainda do que na transação originalmente estudada, na qual já se mostrava desconfortável com a posição final. Ficar de fora, no entanto, é se manter pequena diante de concorrentes mais robustos – sem esquecer de sua dependência em relação a determinados serviços da 3R. (Pipeline)