Nesta segunda-feira (25), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves afirmou que “igualdade significa tirar as mulheres da situação de pobreza”, durante a apresentação do 1° Relatório Nacional de Transparência Salarial. A pesquisa apontou que as mulheres recebem 19,4% a menos do que os homens, além de detalhar as políticas de motivação à contratação e à promoção de acordo com o gênero. “Essa tem que ser uma luta de todo o Brasil”, reforçou Cida.
A ministra salientou a responsabilidade de todos os setores da sociedade, incluindo organizações sociais, indivíduos, empresas e o governo, em promover a igualdade salarial. “Discutir e pensar como vamos avançar na igualdade salarial tem urgência. Não podemos admitir que tenhamos que viver mais 300 anos lutando, falando e brigando para ter as mesmas condições que os homens”, afirmou Cida.
Os dados do relatório foram realizados com as informações mandadas por 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. No total, elas somam quase 17,7 milhões de empregados com vínculos celetistas. A exigência do fornecer informações é conforme à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.
De acordo com o ministro, com a desigualdade salarial, não será possível exercer uma democracia plena no Brasil. Luiz Marinho também enfatizou o compromisso total do governo em assegurar direitos iguais em todos os aspectos. “Se tem desigualdade é porque a nossa democracia não chegou ao ponto de corrigir essas diferenças. Nós estamos 100% comprometidos com a democracia ao dizer que é necessário, importante e fundamental que os direitos sejam exatamente iguais, em qualquer aspecto,” destacou Marinho.
“Hoje é um dia histórico, mas amanhã é dia de luta, de continuar insistindo para construir esse processo de igualdade. Sem a luta isso não virá. É essa possibilidade que levará a gente a corrigir esta e tantas outras distorções na sociedade brasileira”, disse o ministro do Trabalho e Emprego.
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