O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou neste domingo, 17, que não lançará nenhuma ofensiva terrestre em Rafah sem evacuar primeiro os cerca de 1,5 milhão de palestinos que se aglomeram nesta cidade no sul da Faixa de Gaza. Rafah, na fronteira com o Egito, é a última cidade do território palestino que não foi invadida por tropas israelenses desde o início da guerra em 7 de outubro, após o violento ataque do Hamas no sul de Israel.
Netanyahu, que prometeu “aniquilar” o movimento islamista, reafirmou sua determinação de lançar uma ofensiva em Rafah, mas garantiu que uma operação desse tipo “não é algo que faremos deixando a população presa lá”. No entanto, “nenhuma pressão internacional impedirá que alcancemos todos os objetivos de nossa guerra”, insistiu antes de uma reunião do gabinete de segurança sobre as negociações para um cessar-fogo com o Hamas, classificado como organização “terrorista” por Israel, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
Israel busca eliminar “os últimos batalhões do Hamas” nessa cidade, onde centenas de milhares de deslocados chegaram fugindo dos bombardeios no território sitiado. O gabinete de Netanyahu indicou na sexta-feira que o líder já havia aprovado os “planos de ação” do Exército para uma operação nessa localidade, que gera preocupações na comunidade internacional. No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o “bom discurso” proferido no dia anterior pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer, que pediu eleições para substituir o governo de Netanyahu.
“Não somos uma república de bananas”, respondeu o governante israelense em entrevistas concedidas no domingo à CNN e à Fox News, nas quais classificou como “totalmente inapropriado” o chamado de Schumer, a figura judaica de maior hierarquia no poder legislativo americano.
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