O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a declarar que a segurança pública é um assunto nacional. “Nós sabemos que a segurança pública não é um tema municipal nem estado, é um tema nacional. Onde cada agente da política tem sua responsabilidade. A União tem sua responsabilidade de financiamento, de ações, inclusive policial, de educação. O estado também tem sua responsabilidade, até o município”, disse o petista, durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Os dados são da pesquisa Monitor da Violência, do G1, um índice nacional de homicídios feito com base em informações oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal (DF), que foi divulgado na terça-feira (12). Em média, a Bahia registrou 404 assassinatos por mês em 2023, além de contabilizar 4.722 homicídios dolosos (quando há intenção de matar), 63 casos de latrocínio (roubo seguido de morte) e 63 casos de lesões corporais seguidas de morte.
No total, o Monitor da Violência registrou 39.492 mortes violentas no Brasil. O segundo lugar no ranking foi Rio de Janeiro, que teve quase 40% menos mortes do que a Bahia. O estado teve 3.388 em 2023. Em seguida, aparece Pernambuco, com 3.518, 45% a menos de assassinatos do que o estado baiano. Com 34,3 mortes por 100 mil habitantes, a Bahia também teve uma taxa maior do que a média nacional, que é de 19,4. O estado ficou em quarto lugar, atrás apenas de Amapá (45.2), Pernambuco (38.8) e Alagoas (36.2).
Ainda na entrevista, Jerônimo ressaltou que houve uma diminuição nos casos de crimes em 2023 na comparação com o ano anterior. Segundo o Monitor da Violência, a queda em relação ao ano de 2022 (5.057) foi de 4,1% em 2023 (4.848).
Crédito: Mateus Pereira/GOVBA