Nesta segunda-feira (26), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em ato na Avenida Paulista neste domingo (25) foram uma “confissão dos crimes praticados”.
Ao ser questionado sobre o assunto durante uma coletiva de imprensa sobre um programa voltado à moradia popular, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não forneceu uma resposta.
“Talvez seja a primeira vez na história que pessoas que cometeram atos criminosos chamam evento em praça pública e, na praça pública, em frente à multidão, confessam o crime. E vão além disso, pedem perdão, pedem anistia pelos crimes cometidos”, declarou Rui Costa.
Bolsonaro convocou o ato de domingo (25), que contou a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do prefeito da capital, Ricardo Nunes.
Durante sua fala, o ex-presidente disse que está sendo perseguido e negou seu envolvimento na tentativa de golpe revelada pela Polícia Federal no começo de fevereiro.
“O que é golpe? Golpe é tanque na rua. É arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado. Empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. Fora isso, por que continuam me acusando de golpe? Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição?”, disse Bolsonaro no domingo (25).
Segundo o ministro de Lula, a ação não causou nenhuma surpresa, “diante do que eles tinham divulgado e diante eventualmente da força que eles tiveram no passado”.
(G1)
Foto: Casa Civil do Brasil/Divulgação