Mesmo com um aumento na coleta de lixo em 405 dos 417 municípios baianos, atingindo a marca de 97,1%, o estado ainda se mantém entre os dez com as proporções mais baixas de acesso a esse serviço essencial. Os dados, provenientes do último Censo do IBGE, abrangendo os anos de 2010 a 2022, foram divulgados nesta sexta-feira, 23.
Embora tenha avançado uma posição no ranking, saindo da 7ª para a 8ª colocação, a discrepância na distribuição da coleta de lixo ainda é evidente. Municípios como Campo Alegre de Lourdes, com apenas 25,6%, e Guajeru, com 30,3%, ambos no interior, registram os menores percentuais de acesso ao serviço. Outros municípios, como Lagoa Real, Caetanos e Anagé, todos na região Sudoeste, também apresentam números preocupantes, com índices abaixo de 32%.
Por outro lado, algumas localidades se destacam pelos altos índices de cobertura da coleta de lixo. Madre de Deus e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), apresentam percentuais acima de 99%, assim como Luís Eduardo Magalhães, no Extremo Oeste, e Irecê, no Centro Norte. Salinas da Margarida, também na RMS, fecha o grupo dos melhores percentuais, com 98,9%.
O IBGE também destacou os municípios com as maiores e menores reduções nos últimos 12 anos. Avanços significativos foram observados em Glória, Dom Basílio e Aporá, enquanto Ribeirão do Largo, Floresta Azul e Ibirapitanga enfrentaram quedas em seus índices de coleta de lixo, evidenciando a necessidade contínua de investimentos e políticas públicas voltadas para a gestão de resíduos sólidos em toda a Bahia.
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