A arrecadação de impostos bateu recorde em janeiro de 2024, e atingiu R$ 280,6 bilhões, uma alta real de 6,67% na comparação com o mesmo período de 2023. Os dados, divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB) nesta quinta-feira, 22, apontam ainda otimismo na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) e expectativa de redução na inflação oficial.
É o melhor mês de toda a série histórica iniciada em 1995. Segundo a Secretaria de Comunicação Social, o resultado positivo foi influenciado por alterações na legislação e por pagamentos atípicos em 2023 e 2024, especialmente do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). A arrecadação do IRPJ e da CSLL somou R$ 91,7 bilhões em janeiro, aumento real de 1,24% sobre o mesmo mês de 2023.
Outro ponto positivo está associado ao recolhimento extra de R$ 4,1 bilhões do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – Rendimento de Capital, referente à tributação de fundos exclusivos, o que não ocorreu no mesmo mês de 2023, já que a lei que alterou esse imposto foi sancionada em dezembro do ano passado. O destaque de janeiro também foi influenciado pelo PIS/Pasep e a Cofins, que tiveram uma arrecadação de R$ 44 bilhões no mês passado, representando crescimento real de 14,37%.
PIB
O Boletim Focus divulgado nesta quinta pelo Banco Central (BC), aponta um cenário positivo do PIB do Brasil para 2024, com crescimento de 1,68%. Na semana passada, a estimativa era de 1,60%. Essa foi a variação mais expressiva do relatório Focus. Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia se manteve em 2%.
O Prisma Fiscal de fevereiro, sistema de coleta de expectativas de mercado elaborado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda foi um dos responsáveis pelo otimismo. Segundo a SPE, a perspectiva para este ano é de que o PIB nominal atinja R$ 11,505 trilhões, contra uma projeção anterior de R$ 11,475 trilhões.
Já a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação, oscilou para baixo, passando de 3,82% para 3,81% este ano. Um mês antes, a mediana era de 3,86%. A estimativa também está no Boletim Focus desta quinta.
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