O ex-procurador Geral da República (PGR), Augusto Aras, teve o seu nome citado como possível colaborador da evolução da trama golpista para a realização dos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro. Um documento assinado pelo PGR, Anselmo Cordeiro Lopes, indica que o ex-chefe da Procuradoria impediu que o documento que alertava sobre a possibilidade de uma invasão na esfera dos Três Poderes chegasse aos militares. As informações são da coluna Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles.
Além disso, Lopes também revelou, por meio do despacho assinado no dia 25 de janeiro, que Aras solicitou a devolução da recomendação sobre a situação, sob a alegação de que o documento extrapolava as atribuições dos procuradores de primeira instância que o assinavam.
Conforme o colunista, outro ponto atribuído a Aras, foi o encerramento dos grupos de trabalho criados para monitorar os movimentos golpistas. Além disso, o procurador também menciona a proibição de Aras na atuação de procuradores de primeira instância de diversos estados contra os atos antidemocráticos.
“No caso do Rio de Janeiro, noticiou-se também que o Dr. Augusto Aras não somente se negou a compartilhar provas sobre investigações de atos antidemocráticos como também teria representado à Corregedoria-Geral do MPF contra procuradores da República lotados no Rio de Janeiro que atuavam contra a prática de tais ações”, diz um trecho do documento publicado pela coluna.
“As mencionadas circunstâncias contribuíram para que o avanço das ações antidemocráticas ocorresse sem a coibição que exigia a ordem jurídica”, prossegue Lopes.
(Portal A Tarde)
Foto: Carlos Moura/ST
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