A refinaria de Mataripe, privatizada no fim de 2021, vai voltar a ser da Petrobras ainda no primeiro semestre deste ano, informou nesta terça-feira (13) Jean Paul Prates, presidente da companhia.
O executivo afirmou, em postagem na rede social X (antigo Twitter), que as equipes da Petrobras e do fundo Mubadala fecharam acordo para intensificar os trabalhos para que a empresa volte à refinaria logo após o feriado de Carnaval.
“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024”, disse Prates. Mas não dá informações de como isso será feiro. “Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”, diz Prates.
A postagem de Prates foi feita após sair de reunião com o presidente do conselho de administração do Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, “com quem vínhamos conversando desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil”.
No post, o presidente da Petrobras salientou que equipes da empresa tem trabalhado há meses para “construir uma parceria que visa recuperar a operação da refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM).”
Ele afirmou também que “ampliaremos e aprimoraremos juntos o empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”. O Mubadala tem planos de produção de biocombustíveis na refinaria a partir da macaúba, espécie vegetal regional.
Em novembro de 2023, a Petrobras tinha pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a renegociação de termo de compromisso de cessação (TCC), assinado em 2019, e que prevê a venda de um conjunto de refinarias.
Ao que parece as negociações incluiriam a volta da RLAM ao comando da Petrobras e o avanço da Acelen, com apoio da estatal, nos investimentos de R$ 12 bilhões no período de dez anos para produção de diesel verde e querosene de aviação renovável (HVO e SAF, respectivamente, nas siglas em inglês).
A viagem a Abu Dhabi foi mais uma escala do périplo iniciado por Prates e comitiva da Petrobras na semana passada por países da Ásia, África e Oriente Médio em busca de oportunidades de investimentos. Com informações do Valor Econômico.