O governo federal anunciou, nesta terça-feira (6), um aumento significativo de 30% nos investimentos públicos destinados à infraestrutura dos corredores do agronegócio, incluindo rodovias e ferrovias utilizadas para a exportação dos principais produtos agropecuários do Brasil.
Em 2023, o investimento totalizou R$ 3,6 bilhões, enquanto para este ano está previsto um investimento de R$ 4,7 bilhões. O Ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que o Brasil, devido ao teto de gastos, foi um dos países que menos investiu em infraestrutura nos últimos anos, o que impactou negativamente na qualidade das estradas e ferrovias. Com a retomada dos investimentos, o governo busca recuperar esse atraso.
O plano de investimentos inclui 60 obras consideradas estratégicas, com destaque para a infraestrutura do Arco Norte e do Arco Sul/Sudeste. No Arco Norte, estão previstas obras como a duplicação da BR 135 no Maranhão e a restauração da BR 158 no Pará. Já no Arco Sul/Sudeste, estão incluídas a conclusão da Ferrovia Norte Sul e a duplicação de diversas rodovias.
O objetivo do governo é alcançar um nível elevado de qualidade nas rodovias, com 90% da malha rodoviária do Arco Norte considerada boa e 80% das rodovias em todo o país em boas condições. O Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a importância da infraestrutura para a competitividade dos produtos agrícolas brasileiros, destacando que os custos de frete estão diretamente ligados à formação de preços.
Além dos investimentos públicos, o governo planeja realizar 13 leilões para concessões de estradas e pontes, com a expectativa de atrair R$ 122 bilhões em investimentos, sendo R$ 95 bilhões relacionados aos corredores do agronegócio. Também foram detalhados investimentos em portos e aeroportos, visando potencializar o escoamento da produção brasileira e reduzir custos operacionais.