O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu por mais 90 dias o inquérito que investiga as ações de uma suposta milícia digital que ameaça a democracia. Esta é a 9ª vez que o prazo para as apurações é prorrogado.
Em julho de 2021, a investigação iniciou após o ministro Alexandre de Moraes ter determinado o arquivamento, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), do inquérito que apurou atos antidemocráticos a partir de abril de 2020.
Na investigação denominada de milícias digitais, a Polícia Federal apura a existência de uma organização criminosa poderia ser usada para atacar o Estado Democrático de Direito e se organizar em grupos políticos, de produção, publicação e financiamento.
Outra possibilidade é de que este grupo tenha sido abastecido com verba pública. De acordo com a PF, a ação do grupo teria a intenção de espalhar ataques e desinformação, criando e distorcendo dados para ganhar vantagens e obter lucros, visando, dessa forma, ganhos políticos, ideológicos e financeiros.
“Identifica-se a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um autodenominado ‘gabinete do ódio’: um grupo que produz conteúdos e/ou promove postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’ escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização, difundindo-as por múltiplos canais de comunicação (…), especialmente as redes sociais”, escreveu a delegada.
(G1)
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