Na última sexta-feira (15), a BYD lançou um novo laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de painéis solares em Campinas, no interior paulista. O investimento foi de R$ 65 milhões para estudar o ciclo de produção de módulos fotovoltaicos – o que envolve analisar sua principal matéria-prima, o minério de silício.
E anunciou que vai trazer em 2024 ao Brasil o “Battery Service Center“, braço que dará suporte para os produtos que utilizem baterias da BYD no país e na América Latina, assim como comercializar carregadores rápidos para carros elétricos.
No lançamento Stella Li, CEO da montadora nas Américas reiterou o que já vem dizendo na imprensa:
“Campinas e Camaçari serão o Vale do Silício brasileiro”, acrescentando que além de empregos nas regiões, a companhia almeja gerar bolsas de estudos para universitários. Hoje, a BYD tem parcerias com universidades públicas, como Unicamp, UFSC e Unesp e a expectativa é que haja parcerias com universidades baianas.
A executiva disse no evento que a marca vai abrir mais de 100 concessionárias no Brasil em 2024, estratégia que visa aumentar ainda mais as vendas de carros elétricos no país, assim como de carregadores de bateria e kits de energia solar.
“Há pouco tempo, o mercado brasileiro tinha 0,8% de participação [venda de elétricos]. Agora, já está em 3,6% e o ritmo deve ser de maior crescimento, batendo os 10% em três anos”, apontou Li, que também vislumbra ser líder no mercado de energia solar no Brasil.
Stella Li disse entusiasmada para uma plateia de cerca de 300 pessoas que a BYD quer que os brasileiros se apaixonem pela marca em toda a sua cadeia: veículos elétricos, eletricidade limpa gerada via painéis solares e baterias para a armazenagem.
Ao que parece, o objetivo da marca chinesa é transformar o Brasil em Shenzhen, local da sede da companhia. Atualmente, a BYD tem mais de 600 mil funcionários em todo o mundo, sendo 90 mil PHDs. A companhia também detém 11 mil institutos de pesquisa, que fazem, juntos, uma média de 19 patentes – por dia. Cerca de 20% dos celulares do mundo têm algum componente feito pela BYD, segundo Marcelo Schneider, diretor da companhia. As informações são do site Investnews.